Representantes dos caminhoneiros criticam ideia de privatizar a Petrobras 

A ideia foi criticada por Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), e por Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava)

15:37 | Out. 29, 2021

O Sindicato representante dos donos de postos afirma que o trabalho é imposto pela Resolução n° 41/2013 da Agência Nacional de Petróleo de segunda a sábado, independentemente de haver ou não dias de descanso legalmente previstos (foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Representantes dos caminhoneiros autônomos que articulam a realização da greve para 1º de novembro repudiaram a ideia de uma possível privatização da Petrobras, cogitada pelo presidente Jair Bolsonaro para controlar a alta do preço dos combustíveis.

Segundo a coluna do jornalista Chico Alves, do UOL, Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), afirmou que a ideia "seria um crime não só contra os motoristas de caminhão, mas também contra o povo brasileiro". 

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"O que o presidente quer é lavar as mãos. Se ele não pode intervir agora, na eventualidade de a Petrobras passar para as mãos dos empresários, aí é que não vai poder fazer nada mesmo", afirma o presidente da CNTTL. Segundo Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Bolsonaro cita a privatização como oportunidade para tirar o governo do centro das críticas.

"É mais uma vez transferência de responsabilidade, ele quer culpar outro", defende Chorão. O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias, se diz "100%" contrário à privatização da Petrobras. "Se isso acontecesse, claro que não baixaria o preço do combustível, quem comprar vai querer ter lucro. Se Bolsonaro não manda na Petrobras, ele que entregue o cargo", completa.