Justiça do Rio aceita queixa-crime de Marcelo Adnet contra Mário Frias

O humorista acusa o secretário especial de Cultura de injúria e difamação ao chamá-lo de "criatura imunda", "crápula" e "palhaço decadente que se vende por qualquer tostão"

13:07 | Out. 20, 2021

Mario Frias, secretário especial da Cultura (foto: Roberto Castro/ Mtur)

A juíza Alessandra de Araújo Bilac aceitou uma queixa-crime de Marcelo Adnet contra o secretário especial de Cultura Mário Frias. O humorista acusa o ex-ator de injúria e difamação ao chamá-lo de “criatura imunda”, “crápula” e “palhaço decadente que se vende por qualquer tostão”. As declarações foram em reação a uma paródia de Adnet que ironizava o secretário.

O humorista entrou com ação penal na 42ª Vara Criminal do TJRJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) em março deste ano. O caso se desenrolou após Adnet publicar uma paródia do vídeo "Um Povo Heroico", campanha do Governo Federal, estrelada por Mario Frias, veiculada às vésperas de 7 de setembro do ano passado.

Mário Frias postou um print do vídeo e chamou Adnet de "garoto frouxo e sem futuro". "Agindo como se fosse um ser do bem, quando na verdade não passa de uma criatura imunda, cujo o adjetivo que devidamente o qualifica não é outro senão o de crápula. Um Judas que não respeitou nem a própria esposa traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter", escreveu o secretário em seu perfil nas redes sociais. 

"Um palhaço decadente que se vende por qualquer tostão, trocando uma amizade verdadeira, um amor ou sua história por um saquinho de dinheiro e uma bajulada no seu ego infantil e incapaz de encarar a vida e suas responsabilidades morais", disse Frias em outro trecho.

A defesa de Adnet, por sua vez, alega que a reação do secretário foi desproporcional. "Explodiu em fúria, com ameaça, injúria e difamação depois de tomar ciência de uma singela e inofensiva paródia feita pelo autor, em que ele imita o discurso feito pelo demandado, num vídeo oficial da Secretaria Especial de Comunicação do Governo Federal".

Em audiência realizada em setembro não foi obtida a conciliação entre as partes.