CPI da Covid não acusará Bolsonaro de genocídio indígena e homicídio diz Aziz

Os parlamentares devem pedir o indiciamento do presidente em pelo menos nove crimes, como prevaricação, charlatanismo, crime contra a humanidade, epidemia com agravante de resultar em morte, e outros

10:40 | Out. 20, 2021

Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA). A Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar as ações do governo federal no enfrentamento da pandemia e a aplicação de recursos da União transferidos para estados, Distrito Federal e municípios para essa finalidade. A reunião será no formato semipresencial por decisão do presidente do senado, já que não há previsão no Regimento Interno da Casa sobre o funcionamento de CPIs. Mesa: presidente eleito da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM); relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado (foto: Edilson Rodrigues)

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, sinalizou que o relatório final do colegiado não pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelos crimes de genocídio indígena e homicídio. Em versão anterior, que vazou à imprensa, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) havia incluído essas acusações e provocado divergências no grupo de senadores.

Com isso, os parlamentares devem pedir o indiciamento do presidente em pelo menos nove crimes, como prevaricação, charlatanismo, crime contra a humanidade e epidemia com agravante de resultar em morte. “O genocídio não era consenso. Entre juristas, também não havia consenso (...) O mais importante dessa reunião é que saímos unificados”, disse Aziz.

Os senadores do chamado G7, grupo de sete parlamentares que não são alinhados ao governo federal, se reuniu na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para acertar os detalhes finais do texto que será lido nesta quarta-feira, 20 de outubro.