Doria diz que Datafolha é "bom indicador" para a formação de candidatura de centro

Segundo o governador, pesquisa evidencia grupo que não não vota em Lula (PT) nem em Jair Bolsonaro

12:51 | Jul. 23, 2021

Governador de São Paulo, João Doria afirmou que o Estado não será sede da Copa América. (foto: NELSON ALMEIDA / AFP)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou sobre a viabilidade de uma terceira via para além das candidaturas do ex-presidente Lula e do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Em entrevista para a rádio O POVO CBN nesta sexta-feira, 23, o tucano lembrou da última pesquisa Datafolha, cujos dados considerou como “bom indicador” para a formação de um candidato de centro.

"A pesquisa Datafolha publicada no último final de semana indica que 52% dos brasileiros estão no grupo chamado 'nem nem', nem Lula, nem Bolsonaro. Portanto, são brasileiros que ainda não fizeram sua opção para 2022 e, ao meu ver, não farão tão cedo. É um bom indicador e caminho para o centro e polo democrático, uma candidatura que possa ser fortalecida pelo diálogo, entendimento, paz, harmonia, principalmente um projeto de resgate para o Brasil”, disse o gestor. Neste caso, Doria se refere à pesquisa espontânea do Datafolha, somando aqueles que ainda não sabem em quem votar, que votariam em outro candidato ou que votariam em branco/nulo. 

Doria considerou ainda um possível diálogo com o ex-ministro e também presidenciável Ciro Gomes (PDT).  "Todas as forças democráticas que possam construir um projeto para o Brasil distante dos extremos, da extrema direita e extrema esquerda, devem ter esse discernimento, humildade e capacidade de somarem força. Estou aberto ao diálogo com o ex-ministro Ciro Gomes", disse. 

Segundo pesquisa Datafolha divulgada no dia 9 de julho, o ex-presidente Lula lidera nos dois cenários apresentados para o eleitor de primeiro turno e em todas as simulações de disputa de segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro em 2022. Em um cenário em que os dois se enfrentam no segundo turno, o petista aparece com 58% dos votos, e o presidente, 31%.