"Estamos há dois anos e meio sem corrupção", afirma Bolsonaro

Segundo o presidente, o orçamento o Ministério da Saúde poderia atrair pessoas com a intenção de "entrar lá e fazer besteira"

11:39 | Jul. 08, 2021

"Eu não posso simplesmente, ao chegar qualquer coisa pra mim, tomar providência", disse o chefe do Executivo (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quarta-feira, 8, que mesmo com a existência pessoas “com interesse” no Ministério da Saúde, diante de orçamento diário de R$ 550 milhões da pasta, seu governo não tem casos de corrupção. Segundo ele, o orçamento poderia atrair pessoas com a intenção de “entrar lá e fazer besteira”. 

“Não compramos uma dose [Covaxin], não pagamos um centavo. Estamos há dois anos e meio sem corrupção”, disse, em entrevista à rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul. Bolsonaro destacou que não é possível afirmar que houve desvios de recursos públicos, pois seu governo não comprou doses da vacina Covaxin, contra a covid-19, nem fez o pagamento das reservas. 

Em entrevista, o chefe do Executivo nacional alegou ainda que “nenhum lugar do Brasil recebeu vacina que não seja do governo federal”. Ele aproveitou para responsabilizar jornalistas por reações exaltadas e pela associação entre o governo e supostos atos de corrupção na aquisição de imunizantes “De vez em quando, eu dou uns coices mesmo. É lamentável o nível das pessoas que nos entrevistam". 

Na contramão, a CPI da Covid segue apurando irregularidades no contrato de compra dos imunizantes no Brasil. Nas investigações, estão sendo avaliados o alto preço nas doses de uma das vacinas contratadas - Covaxin -, suspeita de pedido de propina para aquisição da AstraZeneca, e ausência de fiscalização nas negociações. Nesta quinta-feira, 8, a comissão ouve a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Francieli Fantinato. 

Assista ao vivo: