Bolsonaro anuncia que vai indicar André Mendonça para vaga no STF

O objetivo é ocupar a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposenta no dia 12 de julho

12:45 | Jul. 06, 2021

André Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). (foto: Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou aos ministros, na manhã nesta terça-feira, 6, durante reunião ministerial no Palácio da Alvorada, que vai indicar André Mendonça, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), para a vaga de Marco Aurélio Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é ocupar a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposenta no dia 12 de julho. 

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Segundo coluna do jornalista Lauro Jardin, do jornal O Globo, o anúncio oficial e o encaminhamento do nome de Mendonça ao Senado deve acontecer na segunda quinzena de julho. 

André Mendonça é o atual advogado-geral da União e ocupou também o posto de ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Ele tem dado seguidas demonstrações de fidelidade ao presidente, como a interpelação de opositores com a Lei de Segurança Nacional, a confecção de dossiê contra servidores denominados "antifascistas" e a defesa da reabertura de templos e igrejas no período da pandemia.

Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, o nome é o predileto da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em um encontro com lideranças evangélicas no início da semana, no Planalto, Bolsonaro sinalizou que deve indicá-lo ao cargo. Contudo, o advogado enfrenta resistência no Senado, responsável pela sabatina dos indicados, e também entre ministros do STF.

Com o afunilamento da disputa, perderam força o nome do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, do procurador-geral da República, Augusto Aras, e o do desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), Willian Douglas. 

O primeiro nome indicado por Bolsonaro para o STF foi o do atual ministro Kássio Nunes Marques, que ocupou a vaga de Celso de Mello. Em março deste ano, o magistrado causou polêmica após autorizar a liberação de cultos e missas em todo o Brasil, após um pedido da Associação Nacional de Juristas Evangélicos. A liberação se deu em momento mais crítico da pandemia no País.