CPI da Covid: comissão adia depoimento de auditor do TCU apontado como autor de relatório falso

Decisão foi tomada em razão da votação em plenário da Medida Provisória (MP) que possibilita a privatização da Eletrobrás

10:41 | Jun. 17, 2021

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do o ex-governador do Rio de Janeiro. Ele deve ser questionado sobre denúncias de corrupção na área da saúde do estado, inclusive com recursos federais destinados ao combate à covid-19...Antes do depoimento, senadores deliberam sobre proposta da CPIPANDEMIA para reclassificação de documentos e apreciam requerimentos...Mesa: .presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM); .relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL)...Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado (foto: Edilson Rodrigues)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid adiou depoimentos previstos para esta quinta-feira, 17. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), informou que a decisão foi tomada em razão da votação em plenário de uma Medida Provisória (MP) que possibilita a privatização da Eletrobrás.

A sessão de apreciação da MP ocorre desde às 10h, segundo o regimento da Casa, as comissões devem ser limitadas quando houver votação no plenário. Além disso, senadores tem interesse no tema que deve ser amplamente discutido em busca de acordo.

Dentre os depoimentos adiados nesta quinta-feira está o do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. O servidor foi apontado como autor de um relatório falso sobre suposta “supernotificação” nas mortes por Covid no País, que foi usado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em discurso recente.

O caso do relatório falso ganhou repercussão após Bolsonaro ter mencionado o documento atribuindo os dados ao TCU, que prontamente desmentiu o presidente e negou a autoria do documento. No dia seguinte, o TCU informou que o relatório dizia respeito à "análise pessoal" de um servidor (Alexandre Costa Silva). Após o ocorrido, o homem foi afastado de suas funções e o tribunal pediu à Polícia Federal para investigar o caso.

O auditor conseguiu, no Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de ficar calado durante o depoimento. Caso opte por responder, Alexandre é legalmente obrigado a dizer a verdade. O empresário Carlos Wizard, que também deveria comparecer nesta quinta-feira para oitiva, não foi ao Senado e apresentou petição pedindo para marcar uma nova data.