Integrantes do Patriota vão ao TSE contra táticas para filiação de Bolsonaro

Manobras para receber família Bolsonaro criou divergências entre presidência e secretaria-geral do partido

23:52 | Mai. 31, 2021

Bolsonaro comemorou o resultado do PIB do Brasil no primeiro trimestre de 2021, ignorando a desaceleração da recuperação econômica e os quase meio milhão de mortos pela Covid-19 (foto: /Agência Brasil)

Integrantes do Patriota levaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira, 31, as contestações à convenção nacional do Patriota, no qual foi anunciada nesta segunda-feira a filiação do senador Flávio Bolsonaro e a possível entrada do presidente Jair Bolsonaro na sigla. Membros da legenda defendem terem recebido com surpresa a presença de Flávio, anunciado como líder do partido no Senado.

O grupo acusa ainda o presidente do Patriota, Adilson Barroso, de ter praticado várias irregularidades para obter a maioria, fazer mudança no Estatuto e favorecer a entrada do grupo de Bolsonaro. "Não sabíamos da filiação do Flávio. Ele [Barroso] votou um monte de mudanças no Estatuto que não foram discutidas com ninguém. Quer dizer, foi um assalto ao partido — disse Jorcelino José Braga, secretário-geral do Patriota, ao jornal O GLOBO.

Na ação, os integrantes ressaltam que a decisão sobre filiação deve ser tomada de modo democrático. Eles alegam que a busca por Bolsonaro é "vontade individual" de Barroso, desrespeitando a convenção nacional do Patriota. Ao TSE, eles alegaram que o presidente do Patriota convocou a convenção nacional "de forma sorrateira, sem comunicar aos membros do partido e aos próprios convencionais". 

"Barroso tomou uma decisão unilateral e de uma forma totalmente errada, que tornam essa convecção nula e nós vamos tomar todas as medidas cabíveis para apurar esses atos. Ele construiu uma maioria ilegal", alega o secretário-geral do partido.