"Faltou a autoridade máxima do País assumir a responsabilidade", diz Camilo sobre atuação de Bolsonaro na pandemia

Governador disse procurar construir uma "relação institucional' com o governo federal apesar das divergências

10:08 | Mai. 06, 2021

Governador Camilo Santana destacou, em entrevista à Rádio O POVO CBN, nesta quinta-feira, 6 de maio de 2021, que a segunda onda da pandemia foi mais agressiva (foto: Reprodução / Facebook)

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), criticou a condução da pandemia feita pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao longo do último ano. Para Santana, “faltou uma coordenação nacional” e uma postura unificada por parte do Palácio do Planto. As declarações foram dadas em entrevista às rádios O POVO CBN e CBN Cariri, na manhã desta quinta-feira, 6, comandada pelos jornalistas Jocélio Leal e Farias Júnior.

"Me diga uma orientação oficial do presidente em relação à pandemia? Ao contrário, enquanto a ciência recomendava isolamento, o presidente estimulava não usar máscara, aglomeração. Veio ao Ceará em pleno decreto de isolamento para promover aglomeração. Estimulando inclusive contra a vacina. Faltou a autoridade máxima desse País definir os rumos e assumir a responsabilidade", pontuou.

Questionado sobre ameaça feita por Bolsonaro na última quarta-feira, 5, de editar decreto contra as medidas de lockdown adotadas por governadores e prefeitos, Camilo declarou procurar construir uma “relação institucional' com o governo federal.

Apesar das divergências de posicionamento com com o executivo nacional, o governador disse ter mantido “boas relações com os ministros da Saúde" e classificou o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, como alguém "bem intencionado". 

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