Girão afirma que lockdown vem a partir "de um descontrole completo da situação" no Ceará.
Senador cearense criticou efetividade da medida, mas pediu para que população obedecesse as regras sanitárias
10:52 | Mar. 04, 2021
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) gravou um vídeo na madrugada desta quinta-feira, 4, onde fala do novo decreto de lockdown em Fortaleza, anunciado pelo governador Camilo Santana (PT). Na publicação, além de criticar a desinstalação do hospital de campanha do estádio Presidente Vargas (PV,) o parlamentar destacou que a medida vem "a partir de uma situação de descontrole completo da situação".
"Quem não sabia que teríamos a segunda onda? Todos nós sabíamos. Governo não se preparou, e quando fez algo para se preparar com o hospital de campanha do PV, infelizmente, passou quatro meses e meio funcionando. Começaram denúncias de uma série de situações irregulares e fecharam da noite para o dia.", disse o senador.
Em nota, o senador destacou a medida é a última alternativa no momento. Confira na íntegra:
Uma decisão tão radical como essa é a única alternativa em situações de total descontrole em meio ao colapso do sistema de saúde, que já era previsto, e, ainda assim, o Estado do Ceará não construiu uma saída. Faltou fazer o “dever de casa” e agora não temos outra alternativa. Como consequência, será agravada a já crítica situação social e econômica do povo cearense, que precisa e quer trabalhar, pois sabemos que o desemprego e a fome também matam.
O fato é que convivemos há mais de um ano com a pandemia. A segunda onda era esperada. E fechar o Hospital de Campanha do PV após apenas quatro meses de funcionamento chega a ser criminoso. Agora, quando a população mais precisa de leitos, e muitas vidas estão sendo perdidas com essa esperada fase da pandemia que avança impiedosamente, o Governo cearense está correndo, novamente contra o tempo, para criar UTI que nunca foi prioridade no Estado, nem antes - e o pior - nem durante a pandemia. Não éramos para ter chegado a esse nível de descontrole que força o poder público a decretar o lockdown. Pelo erro de alguns, todos terão de pagar. Que Deus nos abençoe.