Gilmar Mendes manda soltar Alexandre Baldy, secretário de Transportes de SP

Prisão aconteceu na última quinta, 6. Baldy também já foi ministro das Cidades durante o governo de Michel Temer (MDB) e ainda deputado federal por Goiás

00:53 | Ago. 08, 2020

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes (foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura do secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy, nesta sexta, 7. Ele foi preso nessa quinta, 6, por suspeita de fraudes em contratos da área de saúde nos períodos em que ele foi deputado federal e ministro. As informações são do portal G1.

Baldy, que foi preso em São Paulo, é secretário da gestão do governador João Doria (PSDB) desde o início de 2019. Sua pasta é responsável por metrô e trens da CPTM (empresa de SP que presta serviço de transporte público). Baldy também já foi ministro das Cidades durante o governo de Michel Temer (MDB) e ainda deputado federal por Goiás. As supostas irregularidades investigadas pela Polícia Federal dizem respeito a esse período.

O político foi preso durante a operação Dardanários, um desdobramento da Lava Jato que apura desvios na área da saúde envolvendo órgãos federais. Segundo G1, a PF afirma que identificou "conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas".

A defesa de Baldy recorreu ao STF para pedir a liberdade do secretário já nesta sexta. Por sorteio, Gilmar Mendes foi designado como relator. A concessão do habeas corpus foi publicada no sistema virtual do Supremo no fim da noite.

Além do político, ao menos outras duas pessoas foram presas na operação: o pesquisador da Fiocruz Guilherme Franco Netto e o ex-presidente da Junta Comercial de Goiás (Juceg), Rafael Lousa. Foram expedidos mais três mandados de prisão, mas o nome dos alvos não foi divulgado.

Ao G1, a assessoria de Baldy negou que ele tenha participado das irregularidades e que a prisão foi "desnecessária". A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) divulgou nota em que ressalta que "a operação não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo". O advogado de Rafael Lousa, Tadeu Batos, informou que o cliente "não tem nenhum envolvimento com qualquer irregularidade em relação à contratação".

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