Ministério da Defesa acionará PGR após fala de Gilmar Mendes sobre o Exército

No último sábado, o ministro do STF Gilmar Mendes disse que o Exército se associou a um "genocídio", referindo-se à atuação de militares na pasta da Saúde durante a pandemia

14:25 | Jul. 13, 2020

O Ministério da Defesa é chefiado por Fernando Azevedo e Silva (foto: FÁBIO LIMA/O POVO)

O Ministério da Defesa divulgou nota nesta segunda-feira, 13, informando que vai encaminhar representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Medida da pasta é motivada por declaração de Mendes feita no último sábado na qual sugeriu que o Exército se associou a um “genocídio”, referindo-se à atuação de militares na pasta da Saúde, chefiada pelo interino general Eduardo Pazuello.

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes das Forças Armadas: general Edson Leal Pujol (Exército), almirante Ilques Barbosa Junior (Marinha) e brigadeiro Antonio Carlos Bermudez (Aeronáutica) assinam o documento.

"Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia", diz o texto.

Fala de Gilmar Mendes

"Não podemos tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do Governo Federal e atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso fazer algo. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso".