Questionado sobre mortes por coronavírus, Bolsonaro responde que não é coveiro

Presidente da República deu declarações em entrevista a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto; Ministério da Saúde havia divulgado, erroneamente, recorde de mortes, mas retificou a informação

19:47 | Abr. 20, 2020

Produção de cloroquina em laboratório do Exército, apoiada por Bolsonaro, pode ter sido superfaturada. Uso do medicamento no tratamento para coronavírus não tem comprovação científica. (foto: ARQUIVO)

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) se negou a comentar as mortes por coronavírus ocorridas nesta segunda-feira, 20. Na chegada ao Planalto, Bolsonaro foi questionado sobre dados divulgados de forma equivocada pelo Ministério da Saúde, sobre então recorde de mortes. “Não sou coveiro”, respondeu o chefe do Executivo federal, encerrando o assunto. A pasta retificou a informação momentos depois.

"Hoje tivemos mais de 300 mortes", disse jornalista, baseado em números equivocados do Ministério da Saúde (a pasta corrigiu o número para 113 óbitos). Bolsonaro interrompeu o repórter e disse: "Ô, cara, quem fala de... Eu não sou coveiro, tá certo?". Ao insistir na pergunta, o presidente não permitiu que o assunto voltasse. "Não sou coveiro, tá?", repetiu.

Bolsonaro também comentou que está em contato com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, sobre a formação da nova equipe da pasta. 

Segundo os dados agora retificados pelo Ministério da Saúde, até esta segunda-feira, o Brasil registrou 2.575 mortes e 40.581 casos confirmados do novo coronavírus.