Expectativa é de que a prorrogação da GLO saia até esta sexta-feira, diz deputado

Último dia do decreto federal é esta sexta-feira, 28

13:09 | Fev. 27, 2020

Reunião da comissão formada por representantes dos três poderes, no Ministério Público do Estado do Ceará ocorreu na manhã desta quinta-feira, 27 (foto: Thais Mesquita)

Líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE), o deputado estadual Júlio César afirmou que a expectativa é de que o presidente Jair Bolsonaro autorize a prorrogação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até esta sexta-feira, 28. A data é o limite do primeiro decreto. A paralisação de policiais militares no Ceará entra no décimo dia nesta quinta, 27.

"Esperamos que (o Governo Federal) atenda (a prorrogação). Já existe uma comissão formada, com várias instituições, que necessita das forças de segurança pública para respaldar", afirma. O deputado condenou a atuação política de lideranças da paralisação: "Eu queria lamentar. Estamos vendo insinuações lamentáveis, pondo em risco a própria negociação. Querem intimidar".

A comissão foi criada nessa quarta-feira, 26, a partir de uma provocação do Ministério Público do Estado (MPCE) para facilitar as negociações. O MPCE, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) | Secção Ceará, atua como observador.

O procurador-geral do estado, Juvêncio Viana; o deputado estadual Evandro Leitão (PDT); o corregedor-geral, desembargador Teodoro Silva Santos, e o procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro fazem parte da comissão.

Para além da comissão, a presença do coronel do Exército Walmir Medeiros, escolhido pela categoria para mediar a discussão entre polícia militar e Governo do Estado, é considerada fundamental na mediação. A primeira reunião ocorreu nesta manhã, na sede do MPCE, com propostas já apresentadas. A comissão, no entanto, não detalha o teor da reunião, "seguindo protocolo de gerenciamento de crise", conforme Manuel Pinheiro.

O POVO apurou que o coronel Walmir Medeiros se encontra com policiais militares nesta tarde, no 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM), base do motim, para discutir o que foi colocado pela comissão. 

Com informações dos repórteres Filipe Pereira e Laís Oliveira