"Não me furtarei de continuar trazendo denúncias", diz Marcio Cruz após briga com secretário

Cruz acusou o secretário da Segurança Pública de Fortaleza, Antonio Azevedo, de ter ligação com organização criminosa

15:52 | Fev. 04, 2020

Vereador Márcio Cruz: vídeo de discussão foi divulgado nas redes sociais (foto: CÂMARA MUNICIPAL/DIVULGAÇÃO)

Após acusar o secretário da Segurança Pública de Fortaleza, Antonio Azevedo, de ser advogado de facção criminosa, o vereador Marcio Cruz (PSD), que é guarda municipal, disse que continuará trazendo denúncias à tribuna da Câmara de Vereadores. Para o pronunciamento que gerou o embate, o parlamentar tomou como base vídeo de autoria do Sindicato de Guardas Municipais (Sindiguardas) com supostas provas que ligariam Azevedo ao iraniano Farhad Marvizi, preso em 2010 pela Polícia Federal, apontado como autor de 11 assassinatos.  

Chamado de advogado de facção por vereador, secretário interrompe sessão da Câmara: https://t.co/AYG3Q6gCMj pic.twitter.com/9aUM8Gqzz3

— O POVO Online (@opovoonline) February 4, 2020

Instantes depois, Azevedo entrou no plenário da Casa e interrompeu o pronunciamento de Plácido Filho (PSDB). Nervoso, ele perguntou: "Cadê o vagabundo do Márcio Cruz?". Cruz já havia deixado o plenário e atendia uma pessoa em seu gabinete. As imagens da Câmara no YouTube foram interrompidas durante a confusão. A assessoria do vereador alega que o titular da pasta estava armado no momento.  

"Fui surpreendido com a atitude do gestor que invadiu o Plenário da Casa logo após a denúncia. Eu, na condição de vereador tenho a responsabilidade e o dever de tornar público atos de irregularidades que são denunciados ao nosso mandato, para que os órgãos competentes possam tomar as devidas providências", disse Cruz em nota.

O vereador afirma ainda que, mesmo ocupando função na gestão municipal, o secretário mantinha atividades como advogado, o que o Estatuto da Advocacia e da OAB vedam. "Estou resguardado pelo Art.38 da Lei Orgânica do Município que garante que a opinião, as palavras e os votos dos vereadores, no exercício do seu mandado, são invioláveis", destacou.