Bolsonaro anuncia revogação de status de refugiado de três paraguaios suspeitos de sequestro

Os homens são suspeitos de participação no sequestro da esposa de um empresário em 2001

15:52 | Jul. 23, 2019

O presidente Jair Bolsonaro e presidente da República do Paraguai, Senhor Mario Abdo Benítez (foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro anunciou pelo Twitter, na manhã desta terça-feira, 23, que foi revogado o status de refugiado de três paraguaios. Os homens são suspeitos de participação no sequestro da esposa de um empresário em 2001.

- O Brasil não mais será refúgio de canalhas travestidos de presos políticos!

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 23 de julho de 2019

Conforme informações da AFP, Juan Arrom, Anúncio Martí e Víctor Colman fugiram para o Brasil em 2003, declarando-se políticos perseguidos. Os três são suspeitos do sequestro de Maria Edith de Debenardi, esposa do empresário Antonio Debenardi e nora do primeiro presidente da Itaipu Binacional, Enzo Debenardi.

Arrom e Martí eram líderes do movimento político de esquerda Pátria Livre, de onde teria se originado um braço armado chamado Exército do Povo Paraguaio (EPP), conforme autoridades paraguaias.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, também comentou a decisão, afirmando que o País não será mais "refúgio para estrangeiros acusados ou condenados por crimes comuns". O tuíte de Moro respondia a uma mensagem publicada por Mario Abdo, presidente do Paraguai. "Chegou a hora de eles darem conta de suas ações perante a justiça paraguaia", colocou Abdo.

O Brasil não será mais refúgio para estrangeiros acusados ou condenados por crimes comuns (no caso, extorsão mediante sequestro), seja de Battisti, Arrom, Martí ou de outros. A nova postura é de cooperação internacional e respeito a tratados. Aqui não é terra sem lei. https://t.co/Ky5ngIx7Cy

— Sergio Moro (@SF_Moro) 23 de julho de 2019