Tudo o que você precisa saber sobre Jair Bolsonaro, novo presidente do Brasil

O POVO Online apresenta as principais questões sobre Jair Bolsonaro, o novo chefe do executivo nacional. Do nascimento à sua ascensão ao Palácio do Planalto

15:46 | Nov. 04, 2018

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Jair Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da história do Brasil no último dia 28 de outubro. Aos 63 anos, deve cumprir mandato de 2019 a 2022. Seu nome ajudou a fazer do, até então, nânico Partido Social Liberal (PSL) a maior sigla em número de parlamentares na Câmara dos Deputados. Das 513 vagas, sua legenda obteve 52 cadeiras na Casa, além de quatro vagas no Senado Federal.

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Com o slogan "liberal na econômia e conservador nos costumes", é personagem de muitas críticas e contestações por seus posicionamentos políticos e ideológicos. Ao mesmo tempo, é considerado um "mito" por parte de seus apoiadores. Deputado Federal pelo Rio de Janeiro desde 1991, o novo ocupante do cargo mais alto da democracia brasileira terá pela frente a tarefa de comandar a nona nação mais rica do mundo a partir do próximo 1º de janeiro.
 
O POVO Online apresenta as principais questões sobre a vida do agora maior chefe do executivo nacional. Do nascimento, passeando por suas atividades como militar e político, até chegar a sua ascenção ao Palácio do Planalto, tudo o que você precisa saber sobre o novo presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro.
 
Onde Bolsonaro nasceu?
 
Nascido na cidade de Campinas, São Paulo, no dia 21 de março de 1955. Filho de Perci Geraldo Bolsonaro e de Olinda Bonturi Bolsonaro, é o terceiro do casal, que teve seis filhos no total: três meninos e três meninas.
 
O pai resolveu mudar-se para o Vale do Ribeira, lugar onde encontraria concorrência menor – trabalhava como dentistas, embora não tivesse diploma. A família foi parar em Eldorado, onde Bolsonaro cresceu e teve o primeiro contato com o Exército. Em 1970, tropas foram a Eldorado, procurando por Carlos Lamarca, que havia desertado e passado a comandar ações de guerrilha no Vale do Ribeira. “Ficávamos conversando com os militares, eles mostravam as armas.... Isso nos fascinava”, contou o amigo, Cidinei Alves, em entrevista à revista Crescer, em 2015.
 
Qual a patente de Bolsonaro no Exército?
 
Bolsonaro ingressou na carreira militar como aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em 1973. No ano seguinte, entrou na Academia Militar das Agulhas Negras, formando-se em 1977 em Resende, Rio de Janeiro. Cursou também a Brigada de Paraquedismo do Rio de Janeiro. Em 1983 formou-se no curso de Educação Física do Exército. 
 
Bolsonaro chegou à patente de capitão, ficando até o ano de 1988, quando entrou para a reserva do Exército. No mesmo ano, iniciou sua vida política. 
 
Bolsonaro já foi preso?
 
No ano de 1986, Bolsonaro foi punido pelo Exército ao publicar artigo na revista Veja, protestando contra os salários dos militares. 
 
Na ocasião, foi considerado indisciplina do então capitão o ato de publicar artigo sem autorização de seus superiores. Foi preso, acusado de "transgressão grave" e de ter "ferido a ética, gerando clima de inquietação no âmbito da organização militar" e também "por ter sido indiscreto na abordagem de assuntos de caráter oficial".
 
Em 1987, a Veja publicou reportagem em que Bolsonaro e outro militar, Fábio Passos, demonstraram planos de explodir bombas em unidades militares do Rio de Janeiro, em tentativa de pressionar o comando.
 
Na reportagem, foi relatado que Bolsonaro deu "uma detalhada explicação sobre como construir uma bomba-relógio". Na entrevista ele teceu duras críticas ao então ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves. 
 
Após a publicação da reportagem, Leônidas deu uma entrevista onde defendeu a estabilidade do governo e acusou a Veja de publicar uma notícia falsa. Segundo ele, os dois oficiais envolvidos (Bolsonaro e Fábio Passos) negaram "da maneira mais veemente" a veracidade da informação. “Quando alguém desmente peremptoriamente e é um membro da minha instituição e assina embaixo, em quem eu vou acreditar?”, questionou ele.
 
A Veja, no entanto, publicou em seguida croqui feitos a mão, em que Bolsonaro demonstrou onde as cargas de dinamite estariam posicionadas – na adutora de Guandu, que abastece o Rio de Janeiro. A repórter relatou dois encontros com Bolsonaro na casa dele, onde conversaram na presença de testemunhas.
 
“O Justificante (Bolsonaro) mentiu durante todo o processo, quando negou a autoria dos esboços publicados na revista Veja, como comprovam os laudos periciais”, foi dito na decisão que condenou Bolsonaro por unanimidade.
 
Negando a autoria do plano, Bolsonaro recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM), que o considerou "não culpado". Sobre o artigo publicado na Veja, o STM decidiu que  “o justificante assumiu total responsabilidade por seu ato e foi punido com 15 dias de prisão.” 
 
Como Bolsonaro entrou na política?
 
Após a polêmica, Bolsonaro teria "perdido espaço" nas Forças Armadas. A afirmação partiu de Waldir Luiz Ferraz, que trabalha com Jair Bolsonaro desde 1988, como assessor de comunicação. "Foi aconselhado a entrar na política, porque já não tinha mais chances de fazer carreira nas Forças Armadas", disse Ferraz.
 
Em novembro de 1988, Bolsonaro foi eleito vereador no Rio de Janeiro. Em sua campanha, recebeu apoio de militares e familiares, tendo defendido seus interesses. Somente após ter sido eleito passou para a reserva remunerada do Exército, conforme lei que obriga o pagamento após a diplomação de militares para cargo eletivo.
 
Dois anos depois, Bolsonaro, filiado ao Partido Democrata Cristão (PDC), concorreu ao pleito novamente, desta vez disputando vaga de deputado federal. Foi eleito, renunciando o mandato de vereador para tomar posse na Câmara dos Deputados. Desde o início, defendia as Forças Armadas e levantava questões sobre a segurança pública.
 
Como Bolsonaro ficou conhecido?
 
Embora esteja na vida política desde 1988, Jair Bolsonaro aprovou apenas dois projetos de autoria própria. O motivo de sua popularidade inicial, que o fez ser eleito vereador e depois deputado, foi a defesa das Forças Armadas. No entanto, com o passar dos anos, o capitão da reserva viu seu nome ganhar projeção ao distribuir declarações polêmicas – mas populares.
 
 
No ano 2000, em entrevista à revista Istoé, Jair Bolsonaro já realizou algumas de suas declarações mais conhecidas ao longo dos anos. Ele afirmou que acreditava que o então presidente, Fernando Henrique Cardoso (FHC), deveria ser fuzilado. "Acho que o fuzilamento é uma coisa até honrosa para certas pessoas", disse.
 
Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou que não seria difícil matar FHC, relatando, inclusive, mais de um plano para chegar a essa finalidade. Entretanto, o capitão da reserva afirmou que não acreditava que estaria incitando o crime, ao mesmo tempo em que admitia nunca ter "fuzilado" alguém.
 
Ao mesmo tempo em que disse nunca ter batido na ex-mulher, Rogéria Bolsonaro afirmou que o casamento chegou ao fim quando ela foi eleita vereadora "por causa dele" e passou a decidir seus próprios votos no plenário. "Eu a elegi. Ela tinha que seguir minhas ideias". Embora defenda hoje a não legalização do aborto, à época Bolsonaro afirmou que a decisão tinha que ser do casal.
 
Ele também afirmou acreditar em pena de morte para crimes premeditados e tortura em casos de tráfico de drogas e sequestro. O deputado foi questionado também sobre questões sexuais. Afirmou ter perdido a virgindade em um "meretrício" aos 17 anos. Disse ser contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo e agradeceu a Deus por não ter homossexuais na família.
 
Em 2011, dando entrevista ao programa Custe o Que Custar (CQC), mais declarações polêmicas. Ao ser perguntado pela cantora Preta Gil o que faria se algum de seus filhos namorasse uma mulher negra, Jair Bolsonaro afirmou: "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, porque meus filhos foram muito bem educados, não cresceram em um ambiente como lamentavelmente é o seu". Ele também defendeu que a Ditadura Militar era uma época em que existia "mais respeito e segurança nas ruas".
 
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No mesmo ano, em entrevista à revista Playboy, mais polêmicas. Para ele, um filho ladrão ou estuprador poderia ser "recuperado". Entretanto, caso seja gay, Bolsonaro afirmou que era melhor que o filho morresse. Ele também associou a homossexualidade à pedofilia, afirmando que um casal homossexual que adotasse um filho teria "muito mais possibilidade" de abusar sexualmente da criança. No mesmo tópico, ele afirmou que consumo de drogas também se relaciona com homossexualidade. "A droga é o primeiro passo. Sentindo prazeres e ilusões, o sexo com outro homem passa a ser apenas um detalhe", declarou.
 
O entrevistador questionou se não era ignorância associar homossexualidade à pedofilia e drogas, mas Bolsonaro defendeu o posicionamento. "Faço essa associação, sim. Se você pegar o pessoal da Cracolândia, ali ele fuma crack, maconha, cheira cocaína, fuma óxi, e o cara pode ter uma relação, seja com quem for, se porventura ele entrar em ereção... Uma parte dos homossexuais se associa a isso (pedofilia). Não vou generalizar, dizer que todo homossexual está atrás de criancinha. Mas acho que, entrando numa determinada fase de degradação, a pedofilia acontece. Uma coisa puxa a outra".
 
Uma figura constante em embates contra Jair Bolsonaro desde 2013 tem sido Jean Wyllys (Psol-RJ). A principal pauta defendida por Jean, que seria a defesa dos direitos LGBT, sempre foi criticada por Bolsonaro. Os dois discordaram inicialmente na autorização de matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. Jean Wyllys defendia, enquanto Bolsonaro argumentava que a união homossexual ofereceria riscos às famílias brasileiras.
 
Mais recentemente, em 2016, os dois estiveram no centro de uma nova polêmica quando, após discursar e votar no plenário, Jean cuspiu em Bolsonaro. Segundo relatos do deputado psolista, o caso aconteceu após Bolsonaro o insultar. "Em toda a votação não interferi no voto de ninguém, não fui insultar ninguém e esse canalha decidiu me insultar e tentou agarrar meu braço na saída – ele ou alguém que estivesse perto dele", relatou.
 
Eduardo Bolsonaro, filho de Jair e também deputado, defendeu o pai, afirmando que "eles é que têm discurso de ódio". Eduardo teria tentado pegar Wyllys pelo braço, além de ter tentado cuspir nele. Para Jean Wyllys, o fato de Bolsonaro ter usado seu voto para defender a memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra deveria escandalizar as pessoas, não o cuspe. Bolsonaro defende Ustra como "um herói brasileiro".
 
Por mais de uma vez, Ustra foi defendido por Bolsonaro. Em votação a favor do impeachment de Dilma Rousseff, o coronel foi citado como "o terror" da então presidente. Durante a campanha presidencial de 2018, Jair Bolsonaro citou o livro de autoria de Carlos Alberto Brilhante Ustra, "A verdade sufocada", como seu livro de cabeceira. 
 
Em 2014, o então deputado teve uma discussão com Maria do Rosário (PT-RS) na Câmara. Na ocasião, Maria do Rosário insinuou que Bolsonaro promovia estupros, ao que o deputado respondeu que não a estuprava por que ela "não merecia". Ele a empurrou, a xingou e a discussão continuou. Os dois tiveram de ser contidos por seguranças da Casa. As opiniões, desde então, se dividem entre as pessoas que apoiaram o posicionamento de Bolsonaro, que teria se defendido das acusações da deputada, e aqueles que veem um crime de apologia ao estupro e injúria na fala de Bolsonaro. O episódio rendeu ao deputado uma condenação pelo Superior Tribunal de Justiça em agosto de 2016.
 
Participando do programa SuperPop, com a apresentadora Luciana Gimenez, Bolsonaro afirmou que não teria como interferir na diferença salarial entre homens e mulheres na rede privada. Ao ser perguntado diretamente qual seria sua opinião sobre o assunto, Bolsonaro afirmou que "não empregaria (mulher) com o mesmo salário".
 
Embora muitas de suas declarações tenham sido consideradas absurdas, houve uma identificação com o pensamento ultraconservador do deputado por grande parcela da população. Ao se colocar como crítico ferrenho do governo Dilma, mais pessoas passaram a simpatizar com ele. Desde 2014, pelo menos, seus seguidores mais antigos têm demonstrado apoio a candidatura de Bolsonaro à Presidência, o que veio a acontecer em 2018.
 
Durante a campanha foi defendido por ele uma de suas falas mais polêmicas: a oposição ao “kit gay”, material que seria distribuído em escolas para alunos de 6 anos ou menos, influenciando-os a encarar a homossexualidade como normal. Embora tenha sido comprovada a qualidade de “fake news” do suposto kit, o assunto tornou-se popular entre o eleitorado brasileiro, tendo sido usado inclusive em sua campanha oficial.
 
Como está a saúde de Bolsonaro?
 
Após sofrer uma facada em um atentado ocorrido na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 6 de setembro, Jair Bolsonaro esteve internado e passou por diversas cirurgias. Foram lesionados intestinos grosso e delgado e a artéria mesentérica superior (que irriga pâncreas e intestinos). Os ferimentos, entretanto, foram reparados com sucesso.
 
Atualmente, Jair Bolsonaro ainda precisou passar por uma colostomia provisória para prevenir infecções. Ele ainda usa uma bolsa de colostomia, que redireciona as fezes do ânus para a área externa da barriga, impedindo que os dejetos comprometam a parte do intestino que foi recentemente lesionada e reparada. Colocada em setembro deste ano, a previsão de uso da bolsa era de três meses.
 
Como Bolsonaro é visto no Exterior?
  
Jair Bolsonaro é visto com desconfiança por parte da imprensa e de personalidades internacionais. Bem como ocorreu durante a campanha eleitoral, o novo chefe do executivo enfrenta fortes críticas por seus posicionamentos ideológicos, os quais fazem com que sua vitória nas urnas seja considerada como uma “guinada à extrema-direita” nos rumos do Brasil. O apoio externo mais forte que Bolsonaro recebe vem do também polêmico presidente americano, Donald Trump.
  
Enquanto a corrida presidencial acontecia, diversos jornais em todo o mundo apontaram para uma eventual vitória de Bolsonaro como um “risco” à democracia brasileira. Durante a cobertura, jornais como The New York Times (Estados Unidos), Público (Portugal) e The Guardian (Inglaterra) lançaram editoriais contrários ao político do PSL. Outra publicação que também repercutiu foi a da revista inglesa The Economist, que trouxe Bolsonaro em sua capa apresentando-o como “a mais recente ameaça da América Latina”.
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Afora veículos midiáticos, personalidades estrangeiras também repudiaram a candidatura do deputado federal, espontaneamente ou por meio da campanha Ele Não. Entre elas estão: Papa Francisco, Madonna, Cher, Rogers Waters, Dua Lipa. A líder de extrema-direita da França Marine Le Pen chegou a criticar Bolsonaro que, segundo ela, diz “coisas que são extremamente desagradáveis”.
  
No entanto, após ser conhecida a vitória do candidato do PSL, Le Pen afirmou: "Os brasileiros acabam de castigar a corrupção generalizada e a aterrorizante criminalidade que prosperaram durante os governos de extrema esquerda."
  
Os presidentes Emmanuel Macron (França), Nicolás Maduro (Venezuela) e Donald Trump (EUA) foram alguns dos líderes de nações que desejaram “sorte” ao novo mandatário do Brasil. Este último, a propósito, é um dos maiores apoiadores de Bolsonaro. O americano já chegou a dizer que vai trabalhar com Bolsonaro nas áreas do comércio e das Forças Armadas.
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Sua proximidade com Trump, porém, desagrada a maior nação parceira comercial do Brasil: a China. Em editorial do jornal estatal China Daily, Bolsonaro recebeu um alerta sobre agir igual ao presidente americano. "Não há razão para que o 'Trump Tropical' revolucione as relações com a China", foi o título do texto, o qual declara que a postura de Bolsonaro foi "pouco amigável" com o governo chinês durante a campanha eleitoral. 
 
Onde Bolsonaro foi mais votado?
 
No segundo turno das eleições 2018, Jair Bolsonaro venceu em 20 capitais e no Distrito Federal. Em Rio Branco, no Acre, Bolsonaro conquistou 82,77% dos votos válidos, contra 17,23% de Fernando Haddad (PT). Em Boa Vista, capital de Roraima, Bolsonaro obteve 78,64% dos votos, enquanto o petista somou apenas 21,36%. Em Curitiba, no Paraná, o presidente eleito contou com 76,54% dos votos dos eleitores. Na sequência, a maior votação de Bolsonaro foi em Goiânia, Goiás, com 74,2%.
 
 
Que time Bolsonaro torce?
 
Jair Bolsonaro é torcedor de dois times: Palmeiras, em São Paulo, e do Botafogo, no Rio de Janeiro. O novo presidente eleito do Brasil, inclusive, já foi flagrado em jogos dos dois clubes.
 
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Qual a história da esposa de Bolsonaro?
 
Apesar de não ter nascido no Ceará, sangue cearense corre nas veias de Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, casada com o presidente da República eleito Jair Bolsonaro (PSL) desde 2013. A primeira-dama é filha de Vicente de Paulo Reinaldo, conhecido como "Paulo Negão" e nascido em Crateús, distante 359,4 km de Fortaleza.
 
 
Michelle tem 36 anos e se coloca fora dos holofotes. Extremamente religiosa, ela frequenta a Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, região onde mora. Ela também faz parte do Ministério de Surdos e Mudos da igreja, onde atua como intérprete de libras nos cultos. Michelle e Jair se casaram em 2013 na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, onde o pastor é Silas Malafaia. Ele celebrou a união.
 
Segundo afirmações da própria, em entrevista à Globo, Michelle afirmou que pretende trabalhar com projetos sociais, principalmente aqueles voltados para as pessoas com deficiência. "Era algo com que eu já trabalhava antes de conhecê-lo. É um chamado que eu tenho", contou.
 
Os dois se conheceram em 2007, quando Michelle era secretária parlamentar na Câmara dos Deputados. Michelle foi trabalhar com Bolsonaro, tendo sido, posteriormente, nomeada secretária parlamentar do gabinete dele. Após ser contratada, os dois teriam firmado um pacto antenupcial. No mesmo ano, eles teriam se casado no civil. Ela foi exonerada do cargo no ano seguinte, após o STF proibir nepotismo na administração pública.
 
Michelle é mãe de duas meninas: uma de 16 anos, de um relacionamento anterior, e Laura, de 8 anos, fruto do casamento com Bolsonaro. O presidente eleito a colocou como "mãezona encrenca" ao relatar que ela teria pulso firme na educação das duas. Com os outros quatro filhos de Bolsonaro, todos de relacionamentos anteriores (Eduardo, Carlos e Flávio do casamento com Rogéria e Renan, de Cristina), Michelle teria uma relação amigável. Pessoas próximas afirmam que nunca viram discussão entre eles.