Presidente nacional do Pros está foragido

No Ceará, o senador Eduardo Girão e o deputado estadual Capitão Wagner, eleitos neste ano, são filiados ao partido. Nacionalmente, o Pros apoia a candidatura de Fernando Haddad (PT). Já com Eurípedes como presidente, o partido já abrigou Ciro e Cid Gomes

14:02 | Out. 19, 2018

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A Polícia Federal procura pelo presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, alvo da Operação Partialis. A investigação, deflagrada nessa quinta-feira, 18, mira suposto esquema de desvios de mais de R$ 2 milhões em contratos da prefeitura de Marabá, no Pará, para compra de gases medicinais no interior daquele estado. No Ceará, o senador Eduardo Girão e o deputado estadual Capitão Wagner, eleitos neste ano, são filiados ao partido. Nacionalmente, o Pros apoia a candidatura de Fernando Haddad (PT). Já com Eurípedes como presidente, o partido já abrigou Ciro e Cid Gomes.
  
[SAIBAMAIS] A prisão temporária de Eurípedes, por cinco dias, foi decretada pela Justiça Federal. Ele seguia foragido até a publicação desta matéria. Na operação, a PF cumpre 17 mandados judiciais, dos quais 4 de prisão preventiva e 4 de temporária. Os agentes federais fizeram buscas na sede do Pros.
 
Parte dos valores desviados teria sido destinada à compra de uma aeronave por João Salame Neto, ex-prefeito de Marabá. Com a suposta ajuda de assistentes, como Emmanuelly Gomes Mendes e Josimar Eneas da Costa, a compra teria sido ocultada por meio da venda do avião ao Pros.
 
  
Para Eduardo Girão (Pros), recém-eleito senador pelo Ceará, se a culpa for comprovada, deve haver punição com o rigor da lei “independente do partido”. “Sempre advoguei a favor do combate à corrupção e do avanço da Operação Lava Jato, que é uma das minhas inspirações, e pelo fortalecimento das instituições nos processos de investigação. Se há suspeitas, tem de ser investigado”, declarou, em nota ao O POVO.
  
O ex-presidenciável Ciro Gomes, atualmente do PDT, e o irmão dele, Cid Gomes (PDT), foram filiados do Pros até 2015. Ciro ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência da República nas eleições deste ano.
  
A reportagem  procurou o deputado estadual Capitão Wagner para pronunciamento, mas ainda não obteve resposta. 
 
O Pros divulgou nota sobre a operação, em que informa que "preza pela lisura e transparência de sua gestão" e que não tem "qualquer relação" com a operação nem com a Prefeitura de Marabá. A sigla informa ainda que João Salame Neto, ex-prefeito de Marabá, não é filiado à legenda.
 
O Pros informa também que a menção à sigla "dá-se ao fato de o partido ter adquirido, dentro da legalidade, seguindo todos os trâmites legais, uma aeronave no Estado do Pará". "Tanto é que a aeronave citada foi comprada, paga e já até vendida pelo partido", o que, de acordo com a sigla, foi informado à Justiça Eleitoral. 

Redação O POVO Online
com Agência Estado