Nove deputados cearenses assinam pedido de CPI para investigar irregularidades na Lava Jato

Dezessete parlamentares retiraram suas assinaturas de apoio à CPI. Dois são cearenses: Vitor Valim (Pros) e Raimundo Gomes de Matos (PSDB)

16:29 | Jun. 19, 2018

NULL (foto: )
[FOTO1]
O pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades ocorridas no âmbito da Operação Lava Jato já possui assinaturas suficientes para ser instaurada. São necessárias 171 assinaturas, sendo que 190 estavam confirmadas até a manhã desta terça-feira, 19, com 11 cearenses na lista. 
 
Após repercussão negativa, 17 parlamentares pediram a retirada de suas assinaturas do documento, restando 173 assinaturas. Dos cearenses, 2 retiraram: Vitor Valim (Pros) e Raimundo Gomes de Matos (PSDB).
 
Assinaram e permanecem na lista:

ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT)

ANÍBAL GOMES (DEM)

CHICO LOPES (PCdoB)

JOSÉ AIRTON CIRILO (PT)

JOSÉ GUIMARÃES (PT)

LUIZIANNE LINS (PT)

MACEDO (PP)

MOSES RODRIGUES (MDB)

ODORICO MONTEIRO (PSB)
 

Assinaram, mas pediram depois para retirar seus nomes:
 
RAIMUNDO GOMES DE MATOS  (PSDB)

VITOR VALIM (Pros) 
 
O pedido de CPI é de autoria do petista Paulo Pimenta (RS). "É necessário investigar a possibilidade de manipulação das colaborações premiadas, o que indica fraude nos procedimentos e a possibilidade do envolvimento de agentes públicos. Esse é o objeto determinado", diz o texto da proposição.
 
O ponto de partida foi uma notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, em 19 de maio, relatando que o doleiro Cláudio de Souza, conhecido como “Tony” ou “Peter”, disse em delação ao Ministério Público Federal que pagou mensalmente uma “taxa de proteção” de US$ 50 mil (cerca de R$ 186 mil ao câmbio atual). O dinheiro, conforme o colaborador, era entregue ao advogado curitibano Antonio Figueiredo Basto e um colega dele cujo nome não foi informado. 
 
Instauração da Comissão agora depende do parecer do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ).