Manifestantes protestam contra PEC do Teto e Reforma da Previdência durante visita de Temer
Cerca de 150 manifestantes, entre estudantes e sindicalistas, realizaram ato em frente ao Banco do Nordeste, no bairro Passaré
17:30 | Dez. 09, 2016
[SAIBAMAIS]Universitários da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e do Instituto Federal do Ceará (Ifce) compareceram ao ato. Entidades sindicais também estiveram presentes, como o Movimento por Uma Alternativa Independente Socialista (Mais).
A quantidade de pessoas presentes no ato desta sexta poderia ter sido maior. Manifestantes presentes no ato criticaram a falta de divulgação da agenda oficial do presidente Michel Temer. Integrante de um dos movimentos sociais no ato, Nerecilda Rocha acredita que isso atrapalhou o movimento.
"A imprensa não divulgou com precisão. A visita do Temer uma hora era no dia 8 e em outra no dia 9. Não existe divulgação da agenda oficial do presidente. Nesse sentido, tivemos dificuldades de organizar a manifestação. Mas, mesmo assim, pela indignação do povo brasileiro por esse governo ilegítimo, manifestamos o 'Fora Temer', contra a PEC 55 e a reforma da Previdência", disse Nerecilda. "Sentimos que foi um pouco fraco porque a mídia não divulgou amplamente a agenda do Temer. Se diz que é um governo legítimo, por que o medo da população?", questionou o estudante Igor Maia.
Próximo ato
Movimentos sociais organizam manifestação para o próximo dia 13. É esperado um maior número de participantes do que no ato desta sexta. "A tendência é que essa agenda (de mobilizações) cresça. Com essa reforma da Previdência, trabalhadores, movimentos sociais, a população de um modo geral já sinalizou que vai entrar nessas mobilizações. A manifestação do dia 13 está sendo organizada com antecedência. É provável que tenhamos uma mobilização forte", contou Nerecilda.
Princípio de tumulto
Manifestantes faziam o bloqueio da entrada do Banco do Nordeste, quando um carro da Polícia Militar (PM) tentou entrar no local. No momento, houve um princípio de tumulto entre os participantes do ato e policiais militares, que queriam realizar a entrada no prédio. Os PMs acabaram desistindo da ação e ouviram gritos como "sem violência" por parte do grupo contrário ao governo Temer.