Ato ''Fora, Temer'' em Fortaleza pede novas eleições
Apesar de ser organizado pelo PSOL e PCB, o ato conta com a participação de movimentos sociais, estudantes e manifestantes contrários ao impeachment
15:51 | Ago. 31, 2016
Atualizada às 19h37min
Um ato contra o governo de Michel Temer, que assumiu a presidência com o impeachment de Dilma Rousseff (PT), ocorreu em Fortaleza, na tarde desta quarta-feira, 31. A concentração na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, foi iniciada às 16 horas. O protesto organizado pela coligação ''A Fortaleza que Resiste'' (PSOl/PCB) reivindicava plebiscito de novas eleições.
Apesar de ser organizado pelos partidos citados acima, o ato contou com a participação de movimentos sociais e estudantes contrários ao impeachment.
O evento no Facebook "Fora Temer Urgente! Eleições gerais já!" contava com mais de 560 presenças confirmadas.
Em nota, o PSOL diz que fez oposição ao governo de Lula e Dilma nos últimos anos, mas repudia veementemente o que classifica de “atentado à democracia planejado por um grupo político liderado por figuras como Eduardo Cunha e Michel Temer’’.
%2b Veja as fotos do ato "Fora, Temer" em Fortaleza
[SAIBAMAIS 3] Por volta das 17 horas, cerca de 100 manifestantes estavam concentrados na Praça, no ato ''Fora, Temer''. Os participantes gritam palavras de ordem contra Temer, contra o impeachment e pedem novas eleições.
O candidato a prefeito de Fortaleza pelo PSOL, vereador João Alfredo, disse que o impeachment foi apenas uma decisão política. “É o epílogo de uma tragédia anunciada. Nós temos que denunciar a ilegitimidade desse governo, esse governo não pode ter trégua”.
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Os manifestantes caminharam em direção à avenida 13 de Maio, por volta das 18h30min, ecoando frases como "Michel Temer vai cair", "Quem não pula é golpista" e "Juventude é revolução'':
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Houve registro de congestionamento no entorno do local. Um dos lados da 13 de Maio foi bloqueado pelos manifestantes. O carro de som do ato saiu do local por volta das 19h30min, mas alguns participantes ainda permaneceram na concentração.
Os manifestantes afirmam que o impeachment foi inconstitucional e temem uma onda conservadora, além de repressões aos movimentos sociais de esquerda.
Dilma Rousseff (PT) foi afastada definitivamente do cargo de presidente, mas mantém direitos políticos, pode exercer cargos públicos e ser eleita novamente.
Em pronunciamento no Palácio da Alvorada, ela disse ter sofrido o segundo golpe de Estado em sua vida. “O primeiro, o golpe militar, apoiado na truculência das armas, da repressão e da tortura, me atingiu quando era uma jovem militante. O segundo, o golpe parlamentar desfechado hoje por meio de uma farsa jurídica, me derruba do cargo para o qual fui eleita pelo povo”.
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