Promotores do MP-SP estudam recorrer contra envio de autos sobre tríplex a Moro
19:20 | Mar. 14, 2016
Os promotores informaram que tomaram conhecimento "pela imprensa" da decisão da juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4.ª Vara Criminal da Capital, que declinou da competência sobre o caso do tríplex no Guarujá.
Maria Priscilla decidiu mandar nesta segunda-feira, 14, para o juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato em Curitiba, os autos da investigação realizada pelos promotores paulistas, inclusive o pedido de prisão de Lula.
Segundo os promotores "embora respeitem a decisão, entendem que a competência seria mesmo do Juízo Criminal desta Capital e não da Vara Federal de Curitiba".
Os promotores alegam que "os fatos têm origem e relação com a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), aqui (em São Paulo) sediada, sem ligação alguma com os fatos relativos à Petrobrás" - o Ministério Público Federal e a Polícia Federal de Curitiba suspeitam que Lula teria sido contemplado com benesses de empreiteiras que foram cartel na estatal petrolífera entre 2004 e 2014.
"Os crimes antecedentes e a lavagem de dinheiro são de competência estadual, conforme os elementos colhidos na investigação criminal, sem interesse algum da União", afirmam os promotores. "Porém, a reforma do tríplex, em Guarujá, e os móveis e eletrodomésticos podem ter ligação ou conexão com os fatos apurados na Operação Lava Jato, mas não são objeto da denúncia apresentada nesta Capital. A interposição de eventual recurso será verificada no prazo legal, após a formal intimação."