Cid Gomes diz que Lula teve maior limite de conivência com a corrupção
O político cearense participou de solenidade que inaugurou sua foto na galeria de ex-titulares da Educação menos de um ano após sua conturbada saída
10:44 | Fev. 25, 2016
Cid passou menos de três meses no cargo de ministro em 2015 e teve saída conturbada do Governo, motivada por declaração de que a Câmara dos Deputados tem ampla maioria de achacadores. Menos de um ano depois, o ex-governador afirma que a situação "só tem piorado".
[SAIBAMAIS 3]
"Nunca quis fazer proselitismo do que declarei, mas infelizmente, para o Brasil, é uma verdade, cada vez mais visível. E no fundo as pessoas sabem disso", afirmou à Folha de S. Paulo.
Apesar das críticas ao Legislativo, Cid sai em defesa da presidente Dilma. Ele classificou a chefe do Executivo como uma pessoa "séria, íntegra, de espírito público e de boa vontade".
"Acho que na política o Lula tem um limite de conivência, de complacência, que é muito maior do que o da Dilma. (...) Acho que a história haverá de destinar ao Lula o lugar que lhe é merecido: nem o Deus do momento pós-eleição Dilma, nem o diabo agora", avaliou Cid. O ex-governador, contudo, afirma que Lula foi "o maior presidente da República nos últimos 30 anos", mas lamenta que a política "o obrigou a fazer uma série de concessões".
PMDB
Desavença política do PMDB, Cid voltou a criticar o partido que, para ele, é o principal responsável para que as pessoas desacreditem na política. "PMDB é um partido de oportunistas, de fisiológicos, como regra, e é o partido que mais faz mal à política brasileira", disse em entrevista ao Broadcast Político.
Ele também disparou contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o ex-governador, Cunha é um "zumbi" que, ao se manter no comando do Legislativo, demonstra que o parlamento "é o fundo do poço".
O presidente Nacional do PMDB, o vice-presidente Michel Temer, e Cunha movem processos na Justiça contra Cid Gomes por críticas anteriores feitas pelo ex-ministro.
Redação O POVO Online