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De "achacadores" a tapas: relembre os barracos de 2015 na política

Com ânimos exaltados pela crise, representantes do povo passaram do ponto em diversas horas e somaram episódios que mais parecem programas de auditório

16:28 | 31/12/2015
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De sorte para alguns e de azar para outros, 2015 foi período em que todos podem concordar em uma coisa: sobraram polêmicas na política nacional. Com ânimos exaltados pela crise, representantes do povo passaram do ponto em diversas horas e somaram episódios que mais parecem programas de auditório. Relembre alguns desses “barracos”.

1- Cid, Cunha e os 300 achacadores


Após vir à tona áudio em que acusava existência de “300 ou 400 achacadores” na Câmara Federal, o então ministro Cid Gomes (Educação) foi convocado à Casa. A “visita”, realizada em 18 de março, rendeu mais bate-boca e alguns dos momentos mais marcantes do ano. Sem pedir desculpas, o ex-governador reiterou críticas e disparou diretamente contra Eduardo Cunha. Acabou deixando o cargo poucas horas depois.

“Eu prefiro ser acusado de mal educado do que ser como ele (apontando para Eduardo Cunha), acusado de achaque”, disse Cid. Após a fala, aliados de Cunha se revezaram em críticas ao ministro. Grupo que acompanhava Cid, incluindo o governador Camilo Santana e o prefeito Roberto Cláudio, foi retirado do plenário da Câmara. “Aqui não é lugar de claque”, disse Cunha, que hoje processa Cid.

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2- Ciro ataca Temer e Cunha: “o maior vagabundo de todos”

Conhecido pela língua “afiada”, o primogênito Ferreira Gomes mereceria um capítulo à parte sobre qualquer tese sobre polêmicas na política. Em 2015, o hoje pré-candidato à Presidência pelo PDT virou os canhões ao PMDB, partido com quem mantém antiga rivalidade. Entre os ataques, se destaca fala de Ciro durante sua filiação ao PDT, em 17 de setembro, quando chamou Cunha de “o maior vagabundo de todos”. Meses depois, viria a chamar o vice presidente Michel Temer de “capitão do golpe” contra Dilma.

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3- Eduardo Cunha x Governo Dilma

Personagem mais polêmico do ano, o presidente da Câmara se notabilizou por conduzir de forma implacável votações da Casa. Em diversos momentos, manobras do deputado provocaram reações irritadas dos colegas, gerando muito bate-boca em plenário. Um dos pontos mais altos ocorreu durante sessão de 15 de setembro, quando Mendonça Filho (DEM-PE) colocou questão de ordem pelo impeachment de Dilma Rousseff.

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4- Deputados vão aos tapas no Conselho de Ética

Sessão do Conselho de Ética que julgava processo de cassação contra Eduardo Cunha terminou em tumulto, empurrões e até tapas em dezembro deste ano. Irritado por manobras e novo adiamento de votação do relatório do caso, os deputados Zé Geraldo (PT-BA) e Wellington Roberto (PR-PB) quase foram às vias de fato em plena sessão do grupo. "A turma do Cunha quer bagunçar de novo", disse Zé Geraldo, iniciando a confusão. Em resposta, Wellington avançou sobre o petista e o agrediu com tapas. A sessão acabou suspensa.

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5- Votação da maioridade penal termina em tumulto

Derrotado em primeira votação da proposta pela redução da maioridade penal no Brasil, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) colocou matéria de teor semelhante em nova votação na Casa. Sucesso da manobra provocou protestos e tumulto nos corredores do plenário. Durante o empurra-empurra, o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) acabou sendo derrubado.

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6- Ratos na CPI da Petrobras

Sessão da CPI da Petrobras em 9 de abril, onde ocorreria depoimento do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é interrompida por motivo inusitado. Logo no início da fala do petista, um servidor da Casa abriu uma caixa e soltou cinco ratos no plenário da CPI. O ato irritou petistas, que acusaram membros da oposição de armar o "espetáculo".

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7- Jean Wyllys x João Rodrigues: “escória”, “ladrão” e vídeos pornôs

Clima entre os deputados João Rodrigues (PSD-SC) e Jean Wyllys (Psol-RJ) esquentou em outubro durante debate sobre a revogação do Estatuto do Desarmamento. “Crítica vindo do Jean é elogio. Um parlamentar que defende liberação das drogas, perdão para traficante, que defende que adolescente troque de sexo sem autorização. Isso não é deputado, é escória”, disse João.

A resposta veio logo em seguida: “Homens decente não assistem vídeo pornô em plena sessão plenária. Homens decentes não são condenados por improbidade administrativa, por roubar dinheiro público, como o deputado foi. Quem não tem moral para representar brasileiro é ladrão”, rebateu. Em maio, Rodrigues foi flagrado assistindo vídeo pornográfico em seu celular durante sessão da Câmara.

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8- Luizianne recomenda CAPS para Ciro

Antigos ex-aliados e hoje inimigos declarados, a ex-prefeita Luizianne Lins (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) passaram o ano trocando críticas e acusações mútuas. Em agosto, o primogênito Ferreira Gomes criticou possível candidatura da ex-prefeita em 2016, chamando a petista de "louca". Luizianne rebateu: "Eu sugiro que ele procure os serviços da rede pública de saúde mental que eu construí e estruturei em Fortaleza - e que, aliás, o atual prefeito, apoiado por ele, está destruindo".

9- Toinha Rocha e Magaly Marques trocam insultos

Logo em uma das primeiras sessões plenárias do ano, as vereadoras Magaly Marques (PMDB) e Toinha Rocha (Psol) protagonizaram um dos maiores bate-bocas de 2015 no parlamento. Após fala de Toinha lamentando eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como presidente da Câmara, Magaly subiu à tribuna da Casa para classificar a fala como "intrometida, indevida e antiética".

A crítica irritou Toinha, que respondeu chamando Magaly de irmã de "um ladrão cassado". O irmão de Magaly, o deputado estadual Carlomano Marques (PMDB), recorre na Justiça de condenação por crime eleitoral na eleição de 2010. As vereadores precisaram ser contidas pela presidência da Câmara.

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10- Collor xinga procurador-geral da República no Senado

Acusado na Lava Jato, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) reagiu contra denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em pronunciamento no Senado. Falando logo após batida da Polícia Federal em sua residência em Brasília, Collor se irritoudurante a fala e deixou "escapar" um xingamento no plenário do Senado. "Filho da p...", disse o senador.

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11- Panelaço na Câmara

Seguindo protestos contra o governo Dilma Rousseff pelo País, o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), fez pronunciamento inusitado no plenário da Casa. Acusando governo de dar "tapa na cara" do povo após as eleições, o deputado complementou as críticas com seu próprio "panelaço" no plenário do Legislativo. A ação provocou troca de críticas entre parlamentares.

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