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MST pedirá investigação de ameaça de morte a João Pedro Stédile

16:50 | 12/03/2015
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) está solicitando à Polícia Federal e ao Ministério da Justiça que apurem ameaça de morte contra o líder João Pedro Stédile, divulgada em um post nas redes sociais e que até ontem, quarta-feira, 11, tinha mais de 1,5 mil compartilhamentos. Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a advogada do MST, Giane Alvarez, disse que a postagem já foi retirada do ar, mas há uma cópia do material que servirá de base para os pedidos à PF e ao Ministério da Justiça e para uma representação no Ministério Público.

Giane informou que inicialmente a representação será impetrada no MP de Macaé porque o post teria partido da página pessoal, no Facebook, de um funcionário aposentado da Guarda Municipal dessa cidade fluminense. O post, com a foto de Stédile, classifica o líder de "inimigo da pátria", diz que ele é procurado "vivo ou morto" e oferece uma recompensa de R$ 10 mil.

A advogada diz que o post representa uma ameaça de morte implícita ao líder do MST e configura incitação ao crime, portanto, não apenas o autor da postagem, como os que a compartilharam, podem ser responsabilizados criminalmente como autores e coautores do crime de incitação à prática de homicídio.

Giane disse, ainda, que Stédile não contará com nenhum tipo de proteção especial, pelo menos por enquanto, já que a ameaça foi feita por meio virtual. "Avaliamos que isto não será necessário neste momento."

Protestos

A assessoria do MST diz que o episódio não deverá afetar a presença das lideranças do movimento nas manifestações que estão ocorrendo esta semana e culminarão, amanhã, com o ato em defesa dos trabalhadores, da reforma política e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para o MST, a ameaça a Stédile "é apenas um reflexo dos setores da elite brasileira que estão dispostos a promover uma onda de violência e ódio, com o intuito de desestabilizar o governo e retomar o poder, de onde foram afastados com a vitória petista nas urnas em 2002".

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