Justiça abre ação contra Vaccari, Renato Duque e 25 investigados na Lava Jato
A denúncia da força tarefa da Operação Lava Jato foi apresentada no dia 16. "Temos evidências de que João Vaccari tinha consciência que esses pagamentos eram feitos a tÃtulos de propinas", afirmou o procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo do Ministério Público Federal responsável pela Operação Lava Jato.
A força-tarefa constatou que Vaccari se encontrava com regularidade com Renato Duque "para acertar os valores devidos". O relato do empresário Eduardo Leite, vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, foi decisivo para o oferecimento da denúncia contra o tesoureiro do PT. "Ele revelou que se encontrou com Vaccari e que este pediu doações oficiais eleitorais a tÃtulo de propinas."
Também tiveram peso na acusação contra Vaccari os depoimentos de quatro delatores da Lava Jato: Augusto Mendonça, Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Serviços da Petrobras), Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da estatal) e o doleiro Alberto Youssef.
Na semana passada, quando a Procuradoria denunciou Vaccari, seu advogado, o criminalista Luiz Flávio Borges D�Urso, em nota, rechaçou as suspeitas contra o tesoureiro do PT.
"O sr. Vaccari repudia as referências feitas por delatores a seu respeito, pois as mesmas não correspondem à verdade. Torna-se importante reiterar que o sr. Vaccari não participou de nenhum esquema para recebimento de propina ou de recursos de origem ilegal destinados ao PT.Ressaltamos que causa estranheza o fato de que o sr. Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no perÃodo citado pelos procuradores, durante entrevista no dia de hoje, uma vez que ele assumiu essa posição apenas em fevereiro de 2010.
Duque, por meio de seu advogado, Alexandre Lopes, também nega enfaticamente envolvimento com o esquema de propinas na estatal.
Duque está preso na PF em Curitiba e será transferido para um presÃdio do Estado.