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Juiz pede a TSE informações sobre empresas que doaram para PT

22:20 | 23/03/2015
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, mandou expedir ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando informações sobre doações registradas efetuadas por seis empresas, entre elas a PEM Engenharia, a Setal Óleo e Gás (SOG) e a Projetec, que fizeram repasses para o PT.

Esses repasses, segundo o executivo Augusto Mendonça, um dos delatores da Lava Jato, eram disfarçados em forma de doações eleitorais. No caso da PEM Engenharia já constam dos autos da Lava Jato quatro recibos emitidos pelo PT de doações para o Diretório Nacional do partido de R$ 500 mil, em 2010.

O valor repassado em 7 de abril, quando era dada a largada para a campanha da presidente Dilma Rousseff, foi o mais alto doado dentro de uma lista de 24 repasses partidários e de campanha listados pelo delator. São quatro recibos, com números sequenciais, datados de 7 de abril de 2010. Três com valores de R$ 150 mil e um de R$ 50 mil.

O juiz Moro pediu ao TSE que mande informações sobre as doações, "se possível em 15 dias". Além da Setal Óleo e Gás (SOG), da Projetec e da PEM Engenharia, o juiz federal quer dados sobre doações da Energex Group Representação e Consultoria, Tipuana Participações e Setec Tecnologia.

Nesta segunda feira, 23, o juiz Moro abriu ação penal contra 27 alvos da Operação My Way - nona fase da Lava Jato -, entre eles o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, elo do PT na Petrobras, e o tesoureiro do partido João Vaccari Neto, denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro.

Na decisão em que abre ação penal contra Duque e Vaccari o juiz destacou. "Quantia substancial da propina, R$ 4.260.000, foi repassada, entre 23 de outubro de 2008 a 8 de março de 2012, como doações eleitorais registradas ao Partido dos Trabalhadores - PT."

As doações, assinalou o juiz da Lava Jato, foram feitas pelas empresas ligadas a Augusto Mendonça - PEM, Projetec e SOG.

A Secretaria de Finanças do Partido dos Trabalhadores nega que João Vaccari Neto tenha participado de esquema para recebimento de propina ou de recursos de origem ilegal destinados ao partido.

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