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Juiz autoriza transferência de presos da Lava Jato para presídio em Curitiba

Entre os transferidos, estão o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque. Eles ficarão em celas individuais no Complexo Médico Penal

12:29 | 23/03/2015
O juiz federal Sérgio Moro autorizou nesta segunda-feira, 23, a transferência de 12 presos da Operação Lava Jato para o Complexo Médico Penal, presídio em Curitiba. Ele atende pedido da Polícia Federal, que alegou não ter condições de manter presos da operação na carceragem da superintendência da PF na capital paranaense.

Entre transferidos estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o empresário Fernando Soares, o Baiano. A decisão também atinge executivos de empreiteiras: Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho de Sá Oliveira (OAS); Erton Medeiros Fonseca (Galvão Engenharia); Gerson de Mello Almada (Engevix); João Ricardo Auler (Camargo Corrêa) e Sérgio Cunha Mendes (Mendes Júnior).

[SAIBAMAIS 4]Adir Assad e Mário Goes, acusados de atuar como operadores do esquema de desvios na Petrobras, também serão transferidos. O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Ceveró vai permanecer na carceragem da PF porque ele está fazendo tratamento psicológico.

Na decisão, Sérgio Moro determinou que os presos sejam colocados em celas separadas dos presos comuns. "Faço aqui um esclarecimento: não há que se presumir que os presos da Operação Lava Jato no sistema prisional estadual serão vítimas de alguma violência por parte de outros detentos. Entretanto, [é] forçoso admitir que, pela notoriedade da investigação, há algum risco nesse sentido, o que justifica colocá-los, por cautela, em ala mais reservada", alegou o juiz.

No pedido de autorização, a Polícia Federal alegou que não tem mais espaço na carceragem em Curitiba para abrigar os presos, além de não poder mais garantir que os acusados não tenham contato entre si, uma das medidas cautelares estabelecidas pela Justiça ao determinar as prisões.

Agência Brasil
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