Duque: todos sabiam que eu não falaria
Em breves palavras, Duque disse que não se declararia culpado, "muito pelo contrário", mas que iria provar no momento adequado que seus bens são fruto de seu trabalho na Petrobras. "Lamento que a companhia esteja nessa situação e obras estejam parando", comentou.
Ele também respondeu a alguns parlamentares que reclamaram dos custos de sua vinda de Curitiba à Brasília sem que ele decidisse dar detalhes do esquema de corrupção na estatal. O ex-diretor disse que não poderia ser responsabilizado pelos gastos porque já havia sido comunicado previamente que não falaria.
Duque quebrou o silêncio poucas vezes na sessão, só quando sua família era o alvo das perguntas dos deputados. Ao responder a uma questão da deputada Eliziane Gama (PPS-MA), Duque negou que seu filho tenha relação com as empresas envolvidas no escândalo da Petrobras.
O ex-diretor da Petrobras explicou que seu filho trabalhou na Technip no Brasil e em Houston (EUA) e que a empresa não é ligada à UTC Engenharia, como sugeriu a deputada. Ele contou que seu filho foi recrutado por um headhunter e que na época consultou formalmente o departamento jurídico da Petrobras para checar se haveria algum impedimento para a contratação. Segundo Duque, seu filho deixou a empresa para montar seu próprio negócio há alguns meses.