Obras de R$ 31 bi geraram propina ao PP, diz Youssef
Investigadores da Operação Lava Jato acreditam que essa seria a cota do PP no esquema de corrupção desbaratado pela operação da Polícia Federal a partir de março de 2014. A planilha, registrada em duas folhas anexadas ao termo de delação do doleiro, indica 15 pagamentos da Petrobrás a empreiteiras do cartel.
Youssef citou 15 empreiteiras como pagadoras de "comissões". "Os pagamentos de comissões feitos pelas mesmas o foram tanto em espécie, como por intermédio de contratos feitos com a GFD, junto às empresas de Leonardo Meirelles, dentre elas a KFC Hidrossemeadura", relatou. "Foram feitos pagamentos no exterior junto às contas de Leonardo Meirelles, em especial pela Odebrecht. Pode citar as contas das empresas RFY e DGX junto aos bancos Standardt Cartered e HSBC, em Hong Kong", detalhou.
Além da Odebrecht, a planilha cita as empreiteiras OAS, Queiroz Galvão, Tomé Engenharia, Toyo Setal, Engevix, Galvão Engenharia, Serveng, Fidens, Construcap, MPE, Andrade Gutierrez, UTC, Mendes Júnior e Camargo Corrêa.
A GDF e as outras três empresas ligadas à Meirelles - também réu da Lava Jato - integravam a rede de lavagem de dinheiro criada por Youssef para operar os desvios na Petrobrás, por meio de notas frias, e regularizar esse dinheiro não declarado por meio de operações financeiras fictícias ou por intermédio do câmbio negro.
O Partido Progressista informou, por meio de nota, que está à disposição da Operação Lava Jato para "colaborar" com as investigações. "(O PP) somente poderá se posicionar após tomar conhecimento oficial sobre os depoimentos que envolvem a legenda. Entretanto, está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações."
As construtoras citadas na planilha do doleiro Alberto Youssef negaram, também por meio de nota, qualquer envolvimento com os crimes de lavagem de dinheiro e desvios em contratos da Petrobrás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.