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Haddad diz que chapa com Chalita em 2016 'é especulação'

13:30 | 15/01/2015
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), evitou responder sobre a possibilidade de compor sua chapa de reeleição em 2016 com o recém-empossado secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita (PMDB). "Esse não é o momento (para discutir a chapa). A política que interessa hoje é a política educacional", disse o prefeito ao ser questionado por jornalistas. Nos bastidores, diz-se que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva articulou a indicação de Chalita prevendo uma dobradinha em 2016. Com isso, evitaria uma candidatura própria da legenda que poderia ser até da senadora Marta Suplicy. Descontente com o PT, ela poderia migrar para o partido de Michel Temer - o vice-presidente negou ontem ter feito convite à petista.

Haddad negou a estratégia e disse se tratar de especulação. "Esse tipo de especulação da parte de analista político é compreensível", desconversou. Haddad disse que a iniciativa partiu dele e de Chalita. "Levamos ao conhecimento do presidente Lula e do presidente Temer esse nosso desejo de somarmos forças, em proveito do projeto em curso em São Paulo, e recebemos dos dois votos de êxito."

O prefeito também negou que a entrevista de Marta ao Estadão tenha tido qualquer papel no processo de convite ao novo secretário. "Eu nem sabia da movimentação da Marta quando conversava com o Chalita, essa conversa tem meses", afirmou. Ainda sobre as declarações polêmicas da senadora, Haddad afirmou ter trabalhado no governo dela na Prefeitura e gostar muito de pessoas envolvidas para poder opinar.

Haddad disse que o convite de Chalita se deveu a uma reaproximação dos dois e lembrou ser amigo pessoal há mais de dez anos do hoje peemedebista e ex-tucano. "Aprendemos a fazer juntos estando em lados opostos, imagina agora estando juntos." Haddad também descartou qualquer desentendimento com o antecessor de Chalita, Cesar Callegari, com quem também afirmou ter um relacionamento de longa data.

Ao falar logo após o prefeito, Chalita corroborou as afirmações do prefeito sobre as especulações em torno de uma dobradinha em 2016. "Isso é uma discussão para o ano que vem. Uma dobradinha depende de uma série de fatores, depende dos partidos que fazem a aliança, e a gente não discutiu isso. A gente discutiu uma aproximação maior para que a gente pudesse trabalhar pela educação de São Paulo."

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