O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, disse, nesta terça-feira, 13, que a eleição para as presidências da Câmara e do Senado é "tema das bancadas dos partidos" e do Congresso Nacional, mas ressaltou que interessa ao Palácio do Planalto a garantia de uma "positiva" e "boa estabilidade".

Conforme informou no domingo, 11, o jornal O Estado de S. Paulo, o Planalto decidiu entrar na eleição para presidente da Câmara com o objetivo de eleger o petista Arlindo Chinaglia (SP) contra o candidato do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Ministros com gabinete no Planalto, como Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Rossetto, além de Jaques Wagner (Defesa) e Cid Gomes (Educação), vêm procurando parlamentares de todos os partidos para pedir votos em Chinaglia no dia 1º de fevereiro.

"Interessa ao governo uma positiva estabilidade, uma boa estabilidade", comentou Rossetto. "Isso é tema do Congresso, das bancadas dos partidos. O governo tem clareza da autonomia dos poderes." Preocupada com o cenário político nacional às vésperas da eleição das novas presidências do Congresso, a presidente Dilma Rousseff decidiu na segunda-feira, 12, cancelar a ida para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, que será realizado de 21 a 24 de janeiro, informou uma fonte ao Broadcast,serviço em tempo real da Agência Estado.

Essa viagem demandaria muitos dias de deslocamento fora do País, em um momento crucial para o governo, que não quer turbulência no Legislativo, pois medidas importantes e impopulares precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional nos próximos meses.