Justiça analisa processo de Azeredo no mensalão mineiro
19:20 | Ago. 29, 2014
A ação contra Azeredo foi distribuída para a 11ª Vara Criminal do fórum e o juiz Marcos Henrique Caldeira Brant já abriu vistas para o Ministério Público Estadual (MPE) se pronunciar sobre o caso. Antes, o magistrado fez um relatório no qual informa que as alegações finais da acusação e da defesa já estão nos autos - foram apresentadas ainda no STF - e o processo está pronto para ser julgado. Brant também abrirá vistas da ação para a defesa de Azeredo.
Na última audiência do processo que já tramitava em Belo Horizonte, no último dia 8, a juíza Neide da Silva Martins, da 9ª Vara Criminal, informou que pretendia julgar a ação de Azeredo antes, pois a ação que preside ainda está em fase de instrução.
Para o promotor João Medeiros, responsável pela acusação neste caso, seria "mais razoável" que o processo contra Azeredo também fosse analisado pela magistrada "considerando que são os mesmos fatos". "Em relação a esse processo, ele pode entender que há uma conexão com o outro, mas isso não é obrigatório. Nada impede que ele seja responsável pelo julgamento", observou, referindo-se a Marcos Henrique Caldeira Brant.
A ação também foi encaminhada para os promotores que atuam junto à 11ª Vara Criminal, que pode solicitar novas diligências ou ratificar as alegações finais apresentadas no STF. Em sua manifestação apresentada em fevereiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação do então deputado a 22 anos de prisão.
O representante do MPE mineiro pode decidir ainda encaminhar o caso para a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, que já está a cargo da acusação no outro processo, no qual são acusados, entre outros, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócio Ramon Hollerbach e Cristiano de Mello Paz.
João Medeiros afirmou que é difícil fazer uma previsão do prazo para que o caso seja julgado, já que a defesa de Azeredo ainda terá chance de se manifestar novamente no caso. "Ela (defesa) pode querer postergar isso (decisão) e é natural que tenha esse interesse", observou o promotor. No início da noite desta sexta-feira, 29, o jornal O Estado de S. Paulo tentou falar com o advogado José Gerardo Grossi, responsável pela defesa de Azeredo, mas ele não foi encontrado.