Não sei se Dilma tem condição de andar na rua, diz Aécio
18:30 | Jul. 18, 2014
Um exército de pelo menos 150 cabos eleitorais, contratados por R$ 30 para um dia de trabalho, segurava bandeiras com o nome de Aécio e do movimento "Aezão", além da sigla do PMDB. Mas até os próprios contratados para trabalhar na campanha ainda têm dúvidas sobre candidatos e alianças. "Eu conheço o Pezão, mas nunca o vi pessoalmente. Quem eu conheço mesmo é o Max (Lemos, peemedebista prefeito de Queimados e cicerone de Aécio na cidade). Quando começar a propaganda na TV é que a gente vai conhecer melhor os candidatos", afirmou a dona de casa Regina Pereira, mãe de quatro filhos. Contratada como cabo eleitoral, ela chegou às 15 horas à Praça dos Eucaliptos, ponto de encontro da caminhada.
Ao ver Regina com a bandeira, uma amiga dela, Iara Barros, quis saber quando recebe um cabo eleitoral e como ser contratada para esse trabalho. "Ganhar algum dinheirinho para a eleição seria bom. Já vi o Aécio na TV", disse Iara.
Ao som do jingle cujo refrão diz "o povo nas ruas aprova a união, o Rio de Janeiro vai de Aécio e Pezão", Aécio não estava acompanhado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que tenta a reeleição com o apoio do PSDB. Pezão anunciou apoio à presidente Dilma Rousseff (PT) e prometeu não participar de atividades ao lado de Aécio. Aécio estava com o candidato a vice de Pezão, senador Francisco Dornelles (PP), e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), que disputa o Senado. A coligação de Pezão tem 18 partidos e reúne aliados de Dilma, de Aécio e do candidato do PSC a presidente, Pastor Everaldo.
Religioso
Antes da atividade em Queimados, Aécio se encontrou com o cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani João Tempesta, à tarde. Saiu da reunião, na arquidiocese, comemorando o resultado da pesquisa DataFolha que o mostrou em empate técnico em um eventual segundo turno das eleições, com 40% dos votos, contra 44% para Dilma. Disse estar "extremamente feliz" com o resultado e atacou o governo. ""Acho que o conjunto da obra do atual governo, que falhou em praticamente todas as áreas, tem levado a esse sentimento de insatisfação e de cansaço, que se reflete nas pesquisas", declarou. Para ele, a sondagem confirma que haverá segundo turno nas eleições presidenciais, porque os eleitores estão cansados de "tudo isto que está aí".
Colaborou Wilson Tosta.