Dilma nega qualquer temor sobre CPI da Petrobras
07:30 | Mai. 07, 2014
Mas, para Dilma, o foco da CPI é ela. "O interesse todo nesta história sou eu", desabafou ela, dizendo que não há intenção de atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. "Não tem dúvida que tem um componente político nisso aí", desabafou. E emendou: "sempre é muito contraditório o tratamento que se dá no Brasil às investigações sobre qualquer coisa. Investigações que só atingem o governo federal".
Dilma assegurou que "não se arrepende" de ter dito em nota ao Estado que não teria votado a favor da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, se conhecesse as cláusulas de put option e marlim, consideradas desfavoráveis à empresa e que foram omitidas do resumo técnico apresentada a ela e toda a diretoria da estatal, em 2006, na reunião que definiu a compra da refinaria belga. "Não arrependo não. Não falei nada que todos não soubessem e tudo isso está nas atas", disse a presidente. "Portanto, é uma tolice meridiana dizer que todas as cláusulas (put option) são iguais. Não são. Cada uma tem sua cláusula", disse ela.
A presidente Dilma afirmou que não estava alia para julgar nem Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, responsável pelo resumo técnico que omitia algumas das principais cláusulas do contrato de Pasadena, e nem Sérgio Gabrieli. Para a presidente, a omissão destas cláusulas no resumo entregue aos conselheiros que serviu de base para aprovar a compra da refinaria pode ter sido "um equívoco". "Mas não sei se houve má-fé", emendou.