Justiça arquiva processo criminal contra Yeda no RS
18:40 | Mar. 27, 2014
"Acredito que o Ministério Público Federal se conscientizou de que não havia nenhum elemento, nenhum indício contra a ex-governadora", comentou o advogado de Yeda, Fábio Medina Osório. "A ex-governadora foi submetida a um processo de linchamento moral e político sem precedentes o Rio Grande do Sul", ressaltou. "Agora começa a se restabelecer a verdade".
A fraude do Detran foi descoberta há seis anos e meio pela Operação Rodin, da Polícia Federal e Ministério Público Federal. A investigação indicou que, desde 2003, serviços do Detran eram repassados a fundações universitárias, que faziam subcontratações ilegais, superfaturavam preços e distribuíam propinas a agentes públicos aliados, que mantiveram o esquema durante a gestão de Yeda, iniciada em janeiro de 2007.
Em 2009, o Ministério Público Federal acusou 40 pessoas de terem participado diretamente ou se beneficiado dos desvios na esfera criminal. O número de réus caiu para os atuais 32. Livre da acusação na área criminal, Yeda continua na condição de ré na ação de improbidade administrativa do mesmo caso. Este processo ainda não chegou à análise de provas. Ministério Público e defesa discutem nos tribunais superiores se a Justiça Federal pode julgar governadores ou se essa competência é do parlamento. Durante sua gestão, Yeda foi alvo de um pedido de impeachment, rejeitado pela Assembleia Legislativa.