Dilma vai gerir tensão de aliados de modo pontual
08:30 | Mar. 02, 2014
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), o vice Michel Temer (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), têm papel fundamental nessa estratégia.
A presidente conta com o tradicional esvaziamento do Congresso em ano eleitoral para reduzir os danos políticos. A superação dos entraves das alianças regionais nas disputas pelos governos dos Estados e a conclusão da reforma ministerial também serão determinantes.
Plano futuro
Dilma já começou a dar mais poder a Mercadante para que ele lide com os problemas de imediato. E, se conseguir ser reeleita, a presidente planeja consolidar o papel da Casa Civil como o centro das negociações políticas e recriar o chamado "núcleo duro" do Palácio do Planalto.
Em conversas com amigos, ela tem dito que "não é fácil carregar o governo nas costas" e admite que o perfil técnico desenhado por ela para a Casa Civil, após a queda de Antonio Palocci, em 2011, está esgotado.
O plano é reforçar a equipe de assessores parlamentares e retomar as reuniões semanais com ministros da "cozinha" do Planalto. O objetivo seria o de detectar qualquer rebelião "no nascedouro" - de brigas no Congresso a protestos de rua, passando por queixas de empresários - e discutir os rumos da administração. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.