Pimenta da Veiga assume Instituto Teotônio Vilela em MG
A principal missão do ex-ministro, porém, é arrecadar apoio em torno da candidatura presidencial tucana. Apesar da hegemonia de Aécio no Estado, em diversas regiões mineiras ocorreu, tanto em 2002 quanto em 2006 o chamado "Lulécio", como votos simultâneos no tucano e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e, em 2010, o "Dilmasia", com apoio do eleitorado na presidente Dilma Rousseff e no atual governador, Antonio Anastasia (PSDB).
"É uma boa oportunidade para ele se reincorporar, porque afastado muito tempo da política mineira. Tem essa questão da distância, mas é muito experiente. Vem para que a gente monte essa equação", salientou o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana. O ex-ministro assume o cargo no lugar do deputado federal Eduardo Barbosa, chamado por Aécio - que preside o diretório nacional do PSDB - para ser o coordenador de políticas sociais do partido.
Com a entrada de Pimenta da Veiga no cenário, aumentam os nomes que passam a disputar a indicação para concorrer ao governo mineiro com apoio do Executivo Estadual, provavelmente contra o ministro petista Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Além do próprio ex-ministro, estão no páreo Marcus Pestana, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Dinis Pinheiro (PSDB), o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o também tucano Narcio Rodrigues, o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), próximo ao secretário de Estado de Governo e principal articulador do tucanato mineiro, Danilo de Castro.
No entanto, Pestana nega que haja disputa interna pela indicação. "Na hora certa, sob coordenação do Aécio e do Anastasia, nosso grupo vai se posicionar", observou o deputado, que salientou ser "muito próximo" de Pimenta. "Não estamos preocupados com nomes. Vamos viajar juntos", disse, referindo-se ao ex-ministro. "O eixo prioritário é a candidatura do Aécio. Esse será o eixo ordenador", concluiu.