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Operação Carcará: presos começam a ser ouvidos pelo Ministério Público

Todas as pessoas detidas têm envolvimento com as cooperativas contratadas pela Prefeitura de Sobral para fornecimento de mão-de-obra

13:48 | 30/08/2013
Os seis presos na operação “Carcará” começaram a ser ouvidos na manhã desta sexta-feira, 30, na Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap). Devem ser ouvidos Felipe Cyrino de Alencar, Maria Valdizia Sombra Aguiar, Adrizia Alves Ferreira, Francisco Sergio Freire Alencar, Helio Peixoto Alencar Neto e Antonio Daniel Damasceno. Apenas Fabrício Viana Rodrigues (também conhecido como Fabrício Magão) continua foragido.

A operação realizada na quarta-feira, 28, em Sobral, teve o objetivo de cumprir 16 mandados (sete de prisão temporária e nove de busca e apreensão) referentes a pessoas acusadas de fraude em licitações, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção e formação de quadrilha.

Por meio do do 7º Núcleo de Tutela Coletiva de Sobral e da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), a ação durou todo o dia em parceria com a Polícia Civil e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Todas as pessoas detidas têm envolvimento com as cooperativas contratadas pela Prefeitura de Sobral para fornecimento de mão-de-obra entre as quais foi constatada a presença de cooperados fantasmas, bem como o não pagamento dos direitos trabalhistas deles. A Justiça decretou ainda a indisponibilidade dos valores e de bens que estejam em nome dos envolvidos. Dois ex-secretários responsáveis pelos contratos estão entre os citados. Os mandados foram cumpridos nas sedes da Prefeitura Municipal, de duas cooperativas e seis empresas.

Prefeitura de Sobral
A Prefeitura de Sobral emitiu nota na noite de ontem, afirmando que todas as secretarias que possuem contratos com as empresas envolvidas no caso analisarão medidas cabíveis. Além disso, informa que as pastas estão prontificadas a atender quaisquer necessidades do Poder Judiciário.

A nota destaca, no entanto, que o Município não é réu em nenhum dos casos citados pela ação e que não existem quaisquer elementos relacionando atuais funcionários da gestão com as prisões realizadas. “E em relação aos gestores anteriores, os elementos não apontaram nenhuma providência judicial que os desabone”, diz.

Redação O POVO Online
com informações do Ministério Público

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