Para Dilma, superação da pobreza era 'só um começo'
Na última década, segundo ela, ocorreu a maior redução da desigualdade dos últimos 50 anos. Além disso, Dilma afirmou que na última década o governo construiu o controle da inflação e a robustez fiscal. "Fizemos de fato nesses 10 anos o mais urgente e necessário para o momento histórico, mas agora somos cobrados a fazer mais e temos e devemos fazer mais", disse. Dilma afirmou, ainda, que "a democracia gera desejo de mais democracia e a inclusão provoca cobrança de mais inclusão". "Nossa estratégia de desenvolvimento exige mais, tal como querem todos", completou.
A presidente afirmou que se impôs o dever de criar um novo ambiente econômico. Disse, ainda, que este é um momento para ter certeza que o Brasil exige renda em ascensão. "Precisamos vencer preconceitos, enfrentar velhos interesses." Dilma disse, ainda, que é necessário firmar parcerias e incorporar cada vez mais empresários e trabalhadores na discussão. Dilma afirmou que o IPCA de julho deve ser menor que o de junho e muito próximo de zero e que o Brasil fechará o ano com a inflação dentro da meta. "A inflação no Brasil vem caindo de maneira consistente nos últimos meses. O IPCA de maio foi menor que o de abril; o de junho, menor que o de maio", disse.
Emergência
Segundo Dilma, o governo federal está disposto a ajudar Estados e municípios a fazer mais em relação ao planejamento urbano e ao transporte coletivo. Para ela, é possível salvar as cidades médias que crescem de forma acelerada e ainda podem ter um processo de planejamento anterior ao caos. "Nas grandes cidades, é necessário um processo emergencial, para conter o caos, e de planejamento, para estruturar a cidade", disse.
Dilma afirmou que agora está convocando reunião com prefeitos, governadores, movimentos sociais, trabalhadores e empresas prestadoras de serviços para discutir a planilha de cálculo das tarifas, cuja metodologia é de 1984, atualizada em 1993.
Plebiscito
A presidente Dilma Rousseff afirmou também que será fundamental ter a consulta popular como base da reforma política, com urgente participação da sociedade para que ela se faça ouvir. "Tenho recebido da sociedade e visto nas pesquisas que essa questão da consulta popular é imprescindível, como resposta efetiva ao desejo profundo que emanou das manifestações."
"A gente viu o que era cobrado nas ruas, nos cartazes. Não era cobrado diretamente 'faça um plebiscito', mas um variante disso: mais ética, mais democracia, mais oportunidade de ser ouvido", afirmou.