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Comissão rejeita indenização a descendentes de escravos

A justificação do projeto baseia-se no fato de que a economia brasileira apoiou-se, até a abolição de 1888, na exploração da mão de obra escrava de africanos

16:18 | 16/07/2013
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) rejeitou, nesta terça-feira, 16, o projeto de lei do Senado (PLS 432/2012) que prevê a criação da Comissão da Indenização aos Descendentes de Negros Africanos Escravizados no Brasil. A proposta, de autoria da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), visa disciplinar a forma de identificação dos beneficiários e o pagamento das indenizações devidas.

A justificação do projeto baseia-se no fato de que a economia brasileira apoiou-se, até a abolição de 1888, na exploração da mão de obra escrava de africanos, que foram trazidos à força para o país.

Mas, para a CAE, a matéria é incompatível com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e contrária "aos mais básicos princípios republicanos, que exigem transparência nos gastos públicos e prévia autorização legislativa", conforme o parecer aprovado.

De acordo com o parecer do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), "dada a impossibilidade de estimar o impacto orçamentário e financeiro da proposição, suas consequências sobre o orçamento público, a dívida federal e a política fiscal se tornam imprevisíveis". A matéria ainda será examinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Agência Senado

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