Cardozo defende investigação da PF sobre Bolsa Família
"Logo que abrimos o inquérito policial, houve quem dissesse que eu estava orientando a PF para o lado político. O ministro da Justiça controla ou não controla, mas sempre é acusado. Ao longo desses anos a Polícia Federal se constituiu como uma polícia republicana, de Estado", afirmou Cardozo.
Questionado sobre a necessidade de que a Caixa Econômica Federal seja responsabilizada sobre a questão, Cardozo disse que nem administrativamente isso seria possível. "Do ponto de vista administrativo, pelo menos da leitura do relatório, não decorre absolutamente nada que possa ser imputado a qualquer autoridade pública". Ele reafirmou a conclusão da PF, que indica como causa dos boatos uma "coincidência de causas", ou seja, "pela inexistência de indícios que pudesse criminalizar qualquer pessoa".
A Polícia Federal concluiu que o boato sobre o Programa Bolsa Família, que provocou grandes filas e tumultos em agências da Caixa e casa lotéricas de 12 Estados no fim de semana dos dias 18 e 19 de maio, "foi espontâneo não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo tenha os causado"."Conclui-se, assim, pela inexistência de elementos que possam configurar crime ou contravenção penal", afirma a PF. A investigação sobre os boatos do Bolsa Família foi encerrada na última sexta feira, 12 de julho. A PF encaminhou o relatório final ao Juizado Especial Criminal do Distrito Federal.