Base de Alckmin também balança após protestos
Com isso, ficaria mais difícil a realização de um segundo turno. Depois das manifestações, o PRB começou a repensar a estratégia ao concluir que Russomanno podia, como disse ao Estado um dirigente do partido, "capitalizar a voz das ruas".
Além da costura partidária, o PSDB está em busca de bandeiras para a disputa. A avaliação dos tucanos é que a tradicional campanha focada na realização de obras não surtirá o mesmo efeito. Enquanto o governo federal é cobrado até por aliados, como o PMDB, a reduzir o número de ministérios, o governador é cobrado por todos os lados a promover reforma administrativa que reduza drasticamente o tamanho da máquina, hoje com 26 secretarias, 16 fundações e 23 autarquias. Dirigentes partidários, parlamentares e secretários tucanos ouvidos pelo Estado avaliam que as medidas tomadas até agora - após as manifestações - são insuficientes.
O temor é que a campanha pela reeleição perca o discurso da austeridade para o PT caso a presidente Dilma Rousseff aproveite sua anunciada reforma ministerial para reduzir o número de pastas na Esplanada dos Ministérios. Na semana passada, Alckmin acabou com a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano e transferiu suas atribuições para a Casa Civil. Além disso, vendeu um helicóptero e uma frota de carros para compensar o recuo no aumento das tarifas de metrô e trem. "No caso de São Paulo, ele (Alckmin) pode mexer mais na administração pública. Há espaço e é possível fazer isso. Eu mesmo já lhe sugeri que pode restringir o número de secretarias", diz o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.