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MST adia desocupação de fazenda e protesta em Bauru

18:22 | 04/06/2013
O Movimento dos Sem-Terra (MST) decidiu retardar o cumprimento da ordem judicial de desocupação da Fazenda Santo Henrique, da indústria de sucos Cutrale, invadida desde domingo por 300 militantes. O prazo de 24 horas dado pela Justiça de Lençóis Paulista para devolver a posse do imóvel à empresa venceu às 18 horas desta terça-feira, mas os sem-terra decidiram ficar uma noite a mais na propriedade. A ordem judicial estipulou multa diária de R$ 500 para cada invasor em caso de descumprimento. Segundo o MST, as famílias deixam a fazenda na manhã de quarta-feira, 5, e seguem para um ato político no centro de Bauru.

Em nota, o MST informou que o recente assassinato do indígena terena Oziel Gabriel, no município de Sidrolândia (MS), trouxe à tona um conflito permanente no campo, envolvendo o agronegócio, a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas. "Os sem-terra acreditam que é necessário recolocar a reforma agrária no centro do debate político", informa. De acordo com o movimento, as famílias acampadas na fazenda da Cutrale foram ameaçadas por pistoleiro na segunda-feira. Dois homens foram até o portão da empresa e um deles saiu do carro com um capuz preto e uma arma na cintura, tentando entrar à força na fazenda. A Polícia Militar informou desconhecer a ameaça e que mantém rondas com viaturas na região.

Nova invasão

Integrantes do MST da Base e do Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast) invadiram nesta terça-feira a Fazenda Nossa Senhora de Lourdes, em Junqueirópolis. É a sexta fazenda invadida por grupos de sem-terra desde domingo no interior de São Paulo. Duas propriedades foram desocupadas - as fazendas Santa Maria (Rancharia) e Pauliceia (Rinópolis) . A Justiça também determinou a desocupação da Fazenda Esperança, em Iepê, mas no início da noite os sem-terra mantinham a invasão. Também continuava invadida a Fazenda Floresta, em Marabá Paulista.

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