Carvalho diz que índios serão ouvidos sobre obras
Nos últimos dias, indígenas acamparam no canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, num protesto pela suspensão dos estudos e obras nos Rios Xingu, Tapajós e Teles Pires, exigindo a realização de consulta prévia em relação ao projeto, conforme prevê a convenção 169 da OIT.
No caso de Tapajós, o ministro disse os povos indígenas serão consultados, mas não prometeu nada. "O governo quer mostrar que é possível conviver com hidrelétrica e manter vida na floresta."
Durante o encontro, Gilberto Carvalho lamentou ainda a morte do índio terena, ocorrida na semana passada, em Mato Grosso do Sul. Ele disse que o ocorrido foi um "erro". "Quando um juiz de primeira instância mandou a reintegração de posse, a presidente (Dilma Rousseff) falou para o ministro aqui que não devia ter obedecido, porque para fazer uma operação como aquela lá fatalmente poderia dar em uma morte", afirmou o ministro. Segundo ele, o governo está fazendo investigação sobre o ocorrido. "Queremos ir até o fim com esta investigação."
O índio terena Oziel Gabriel, de 35 anos, foi morto durante a reintegração de posse de uma fazenda em Sidrolândia (MS), determinada pela Justiça Federal.