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RC diz que polêmica sobre parentes em cargos é "picuinha pouco produtiva" e promete fim do compadrio

10:30 | 04/04/2013
Roberto Cláudio (PSB) defendeu a indicação de parentes de políticos para cargos na administração e disse que a discussão é "picuinha pouco produtiva". O prefeito de Fortaleza foi entrevistado nesta quinta-feira, 4, no Grande Jornal, na rádio O POVO/CBN.

Questionado pelo jornalista Ítalo Coriolano, editor adjunto de Conjuntura do O POVO, sobre parentes de aliados na Prefeitura, Roberto Cláudio justificou as escolhas. No caso de Paulo Gomes (PMDB), sobrinho do deputado Tin Gomes (PHS) e secretário executivo da Regional I, destacou a posição de ex-vereador. Sobre Renan Colares (PSDB), filho do deputado Fernando Hugo (PSDB) e secretário executivo do Planejamento, citou o fato de ter sido candidato a vereador com mais de sete mil votos.

Sobre Giordanny Conrado, genro do deputado estadual Ely Aguiar (PSDC), enfatizou o fato de ser presidente do PSDC em Fortaleza. Em relação a Homero Silva, filho do ex-deputado e hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Artur Silva Filho, indicado para a Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor), o prefeito disse que ele é também dirigente do PRB municipal. Já sobre Ésio Feitosa, secretário executivo da Regional VI, Roberto Cláudio negou que o indicado tenha parentesco com o secretário especial da Copa, Ferruccio Feitosa. Em conversa com O POVO, em janeiro, o próprio Ésio justificou o parentesco.

Isso mostra, segundo o prefeito, que nenhuma indicação teria ocorrido por por relação de parentesco e que todos têm relevância política. "Você pinçou cinco nomes de provavelmente mais de 100 que foram indicados", disse o prefeito em resposta a Coriolano. "É um grande avanço, uma mudança".

Roberto Cláudio prometeu ainda acabar com escolhas por compadrio ou amizade para diretor de postos de saúde e diretores de escola. Garantiu ainda que não haverá mais terceirizados que recebem sem trabalhar. Disse também que acabou com cargos de favor na Etufor. "Acabamos com cultura política que era perniciosa".

Contudo, ponderou que quem está na administração pública não pode se dissociar da atividade política. O prefeito explicou que o currículo de todos os indicados são avaliados e reforçou o compromisso em fazer seleção pública para vários cargos. E, mesmo defendendo mais meritocracia na gestão, afirmou não acreditar em administração pública que  não concilie a política. "Em toda minha equipe, a preocupação foi buscar perfil de pessoas que pudessem conciliar virtudes", afirmou.
Redação O POVO Online

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