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Irã desafia EUA e testa novo míssil

06:40 | 23/09/2017
Em meio a tensão com governo Trump, que ameaça sair de acordo nuclear, Teerã realiza exercício militar com projétil de alcance de 2 mil quilômetros. Manobra deve acirrar tensão com americanos.O Irã anunciou neste sábado (23/09) ter testado com sucesso um míssil balístico com alcance de 2 mil quilômetros, capaz de carregar várias ogivas. O exercício tem potencial para acirrar os atritos com o governo Donald Trump. O anúncio ocorre em meio à tensão com os Estados Unidos, depois de Trump ter ameaçado ser retirar do acordo nuclear de 2015, firmado com o objetivo de tentar frear o programa nuclear iraniano. O míssil Khorramshahr é o mesmo apresentado em parada militar na véspera em Teerã. Durante o desfile, o presidente Hassan Rohani afirmou que o Irã vai aumentar sua capacidade militar e reforçar seus programas de armas, incluindo o de mísseis – independentemente do que pensem outros países. "Não precisamos da permissão de ninguém para defender a nossa pátria", disse Rohani durante o desfile militar, realizado por ocasião do aniversário da guerra entre Iraque e Irã, que durou entre 1980 a 1988. A tensão entre Teerã e Washington ficou evidente nesta semana, na Assembleia Geral da ONU, na qual o presidente americano, Donald Trump, fez duras críticas contra os programas militares da República Islâmica e o acordo nuclear assinado em 2015 entre Irã e seis grandes potências mundiais. O presidente americano chamou de vergonhoso o acordo nuclear e disse que seu governo pode abandoná-lo se suspeitar que ele "proporciona cobertura para uma eventual construção de um programa nuclear". "Francamente, esse acordo é uma vergonha para os EUA, e não acredito que os senhores tenham ouvido a minha última palavra a respeito", disse Trump, que definiu o Irã como uma "ditadura corrupta" que tenta desestabilizar o Oriente Médio. Ele pediu ao governo em Teerã que pare de "financiar o terrorismo". Na quarta-feira, o presidente do Irã usou seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas para rebater as críticas de Trump. "Seria uma grande pena se esse acordo [nuclear] fosse destruído por corruptos recém-chegados ao mundo político. O mundo perderia uma grande oportunidade", afirmou. "Ao violar seus compromissos internacionais, a nova gestão americana só destrói sua própria credibilidade e mina a confiança internacional em negociar com o país ou aceitar sua palavra ou promessa", concluiu Rohani. RPR/rtr/ots
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