'Não vamos assinar acordo de paz com traficantes', diz Rubio
16:26 | Dez. 19, 2025
Os Estados Unidos não podem, nem vão assinar nenhum acordo de paz com quadrilhas do narcotráfico, declarou nesta sexta-feira (19) o secretário de Estado, Marco Rubio, em meio a uma campanha sem precedentes de ataques letais contra supostas lanchas do narcotráfico no Caribe e no Pacífico.
"Não vamos assinar um acordo de paz com quadrilhas de narcotraficantes. Não podemos. Não podemos alcançar um acordo de paz com [a gangue salvadorenha] MS-13, não podemos chegar a um acordo de paz com [a quadrilha venezuelana] Trem de Aragua", enumerou Rubio, em entrevista coletiva.
O mesmo ocorre com a guerrilha colombiana ELN e com os pequenos grupos armados que ainda combatem e surgiram das Farc, "que continuam enviando drogas aos Estados Unidos ou a algum desses cartéis no México", acrescentou.
"Você não pode assinar um acordo de paz com esse tipo de gente da mesma forma que não poderia assinar com uma máfia", afirmou.
Os Estados Unidos destruíram até agora pelo menos 29 embarcações no Caribe e no Pacífico, com ao menos 104 mortos, que Washington acusa de envolvimento com atividades de narcotráfico, sem ter apresentado provas até o momento.
O governo de Donald Trump passou a classificar ao longo dos meses, desde que assumiu o poder, a grande maioria desses cartéis como "organizações terroristas", o que, em sua avaliação, justifica os ataques.
Trump ameaçou realizar ataques terrestres "muito em breve", sem mencionar especificamente um país latino-americano, o que gerou preocupação na região.
Vários países, especialmente os governados por partidos de esquerda, acusam Washington de trazer ventos de guerra para a região.
"A ameaça mais importante que existe na região é esta", enfatizou Rubio, em referência ao crime organizado e ao narcotráfico.
Em sua avaliação, todos os países concordam, inclusive os mais críticos, com a forma de atuação de Washington.
jz/nn/mvv-lm