Putin diz que Rússia alcançará seus objetivos na Ucrânia 'sem nenhuma dúvida'

09:51 | Dez. 17, 2025

Por: AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira (17) que seu país alcançará "sem nenhuma dúvida" os seus objetivos na Ucrânia, incluindo o controle dos territórios que reivindica como próprios, em meio a uma intensa atividade diplomática para tentar encerrar o conflito. 

"Os objetivos da operação militar especial serão alcançados, sem nenhuma dúvida", disse Putin em uma reunião com funcionários de alto escalão do Ministério da Defesa em Moscou, usando a terminologia do Kremlin para se referir à ofensiva lançada em fevereiro de 2022.

"Preferiríamos conseguir isso e eliminar as causas profundas do conflito por meio da diplomacia", mas "se o país rival e seus patrocinadores estrangeiros se recusarem a dialogar de forma substancial", faremos isso "pela via militar", prometeu. 

Na segunda-feira, a Ucrânia havia elogiado os "avanços" na questão das futuras garantias de segurança que solicita, após dois dias de conversas com os enviados do presidente americano, Donald Trump, em Berlim. 

O mandatário ucraniano, Volodimir Zelensky, indicou, no entanto, que ainda há diferenças importantes quanto aos territórios que a Ucrânia teria de ceder à Rússia.

A proposta inicial de Washington, redigida sem a participação dos aliados europeus de Kiev, suscitava a retirada ucraniana de toda a região oriental de Donetsk e o reconhecimento, por parte dos Estados Unidos, das regiões de Donetsk, Crimeia e Luhansk como russas. O conteúdo atual do plano revisto continua impreciso. 

O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que ainda aguardava informações dos EUA sobre o resultado das conversações em Berlim. 

"Esperamos que, assim que estiverem prontos, nossos homólogos americanos nos informem dos resultados de seu trabalho com os ucranianos e os europeus", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. 

Em setembro de 2022, a Rússia afirmou ter anexado oficialmente as regiões de Zaporizhzhia, Donetsk, Luhansk e Kherson, apesar de não ter controle militar total sobre elas.

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