Filha de Brigitte Macron testemunhará em julgamento por assédio online contra a mãe

09:09 | Out. 28, 2025

Por: AFP

A filha de Brigitte Macron, esposa do presidente francês e vítima de informações falsas que afirmam que ela é uma mulher transgênero, testemunhará nesta terça-feira (28) no segundo dia do julgamento por cyberbullying contra a primeira-dama da França.

As audiências começaram na segunda-feira em Paris e ocorrem após o casal presidencial ter iniciado ações legais nos Estados Unidos por difamação em julho, após anos de polêmicas e rumores divulgados por redes conspiratórias e de extrema direita.

Brigitte Macron, de 72 anos, não esteve presente na segunda-feira no início do julgamento contra os acusados, oito homens e duas mulheres, com idades entre 41 e 60 anos.

A esposa do presidente explicou aos investigadores que o rumor a afetou muito, assim como sua família, especialmente seus netos, a quem disseram que sua avó era um homem.

O advogado da primeira-dama pediu à sua filha Tiphaine Auzière que testemunhasse.

Entre os acusados está o publicitário Aurélien Poirson-Atlan, de 41 anos, conhecido nas redes sociais como "Zoé Sagan".

Sua conta no X, agora suspensa, foi alvo de várias denúncias.

Na segunda-feira, vários acusados — um corretor da bolsa, um professor de educação física e um especialista em informática — expressaram surpresa por terem que responder por publicações "satíricas" que, em sua opinião, estavam dentro do âmbito da liberdade de expressão.

Uma delas, uma "médium" de 51 anos, desejou exercer seu direito ao silêncio, explicando que já havia "se expressado" sobre o assunto.

A mulher é autora de um vídeo viral publicado em 2021 no qual afirma que Brigitte Macron nunca existiu e que seu irmão Jean-Michel assumiu sua identidade após uma transição de gênero.

A "médium" foi considerada culpada por difamação em 2024 e condenada pela Justiça francesa a pagar milhões de euros em danos e prejuízos a Brigitte Macron e seu irmão, mas foi absolvida em apelação no último dia 10 de julho.

Brigitte Macron e seu irmão recorreram da decisão.

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